A influência de Bolsonaro em 2020

Coluna Politica em Dia - Por Marcelo Velez

No meio político uma eleição define a outra. Nada mais do que uma constatação empírica, já que uma boa quantidade de prefeitos e vereados concentrados em uma causa ou pessoa podem lhe render muitos votos, por sua vez, deputados eleitos fazem a diferença para os prefeitos e vereadores na liberação de recursos e na articulação partidária. O termômetro de 2020 foi o resultado das urnas em 2018, que pôde abrir ou fechar portas para as lideranças municipais. Um fenômeno importante a ser observado foi a votação espontânea do presidente eleito Jair Bolsonaro(PSL) no primeiro turno. Considerando as 6 cidades com maior eleitorado – Recife, Paulista, Caruaru, Jaboatão, Olinda e Petrolina –, somente nesta última o mesmo não obteve uma votação superior a 40% dos votos válidos já no primeiro turno. Este fato reforça a possibilidade de candidatos majoritários alinhados aos ideais do presidente eleito devem dar trabalho aos prefeitos que disputarem a reeleição ou tentarem emplacar sucessores se houver uma transferência de votos efetiva. Os mais de 40% já garantem um pé no segundo turno e a desenvoltura do candidato pode garantir a vitória já de primeira. Nas demais cidades, os votos de legenda podem garantir ao PSL a eleição de boas bancadas de vereadores. Por isso, já há uma enxurrada de políticos pernambucanos procurando o partido para se filiar. Mas tudo dependerá do sucesso ou insucesso do governo Jair. Caso a popularidade do presidente se desgaste muito em um ano e meio, há riscos de que o exército peesseelista se torne uma barca furada. É esperar para ver. 

Poucos partidos – Com o fim das coligações, poucos partidos devem conseguir ser montados para as eleições proporcionais de 2020 e menos ainda devem ser capazes de fazer vereadores. Isso deve impactar duramente as eleições de 2022, porque os partidos que passaram raspando da cláusula de desempenho este ano podem não ter condições de se salvar daqui para frente por perda de capilaridade. 

e lô  – Os irmãos Manoel(PDT) e Judite Botafogo(PSDB), respectivament prefeitos de Carpina e Lagoa do Carro, enfrentam problemas administrativos e desgastes de popularidade. No pleito municipal, há riscos de que os dois saiam derrotados das urnas. 

Despedida – Na última quarta-feira, 26, houve a sessão final do ano na Alepe. Despediram-se da casa os deputados Vinícius Labanca(PP), Julio Cavalcanti(PTB), José Humberto Cavalcanti(PTB), Socorro Pimentel(PTB), Pedro Serafim Neto(DC), Ricardo Costa(PP), Augusto César(PTB), Edilson Silva(PSOL), Zé Maurício(PP), João Eudes(PP), Dr Valdi(PP), Beto Accioly(PP) e Everaldo Cabral(PP), que não se reelegeram. André Ferreira(PSC), Ossesio Silva (PRB) e Silvio Costa Filho(PRB) também se despedem por terem sido eleitos deputados federais e Henrique Queiroz(PR) e Odacy Amorim(PT) tentaram a Câmara Alta, mas não foram eleitos.

Despedida 2 – Dos suplentes de 2014 que estavam em atividade na Alepe, somente Isaltino Nascimento(PSB), Antônio Moraes(PP) e Roberta Arraes(PP) foram eleitos. Laura Gomes(PSB), Marcantonio Dourado(PSB), Paulinho Tomé (PRP), Terezinha Nunes(PSDB) e Jadeval de Lima (PMN) despedem-se da Alepe.  

Coletividade – Tomando o exemplo das Juntas(PSOL), que foram eleitas deputadas estaduais este ano, várias candidaturas coletivas estão sendo desenhadas nos diversos municípios pernambucanos para eleger vereadores. 

Última do ano – Esta é a última coluna do ano. A parceria entre Marcelo Velez e Wellington Ribeiro trouxe notícias políticas para os 4 cantos de Pernambuco. Ano que vem, tem mais!

Escrita por Marcelo Velez

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