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A partir das especulações divulgadas sobre uma possível aliança entre PSB e PDT no Recife em 2020, observadores atentos ficaram de orelha em pé devido à mudança radical que aconteceria e o reagrupamento de forças. É o dinamismo da política. Em apartando o PT da vice de João Campos(PSB), os socialistas enfrentaria a figura da deputada petista Marília Arraes, provavelmente com Lula em seu palanque. Já se mostrando uma pré-candidata competitiva certamente Marília dispararia nas intenções de voto caso tivesse apoio incondicional do cacique petista, mas também veria sua rejeição aumentar sobremaneira.
Túlio Gadêlha(PDT) cotado para vice do PSB caso a costura seja concluída, tem uma inserção fortíssima nas redes sociais, assim como o próprio João Campos. Juntos, poderiam guinar para o centro e ter tanto o apoio do Palácio do Campos das Princesas, quanto do presidenciável Ciro Gomes(PDT). A reboque, também viriam partidos como PV, REDE e PP, devido às alianças nacionais construídas com o objetivo de oferecer posições parlamentares independentes no Congresso Nacional.
Do lado do PT, poderia haver uma aliança com o MDB, partido importante e ainda muito forte nacionalmente. Mesmo com a liderança do senador Fernando Bezerra Coelho(MDB), líder do governo Bolsonaro no Senado, o lado jarbista do partido poderia espernear com a vaga de Raul Henry(MDB) para a vice de Marília. O senador Jarbas Vasconcelos(MDB) sempre foi adversário figadal dos petistas, mas, em 2018, subiu no palanque do PT e até posou para fotos fazendo o L de Lula Livre com as mãos.
Correndo por fora, o deputado Daniel Coelho (CID) corre o risco de ficar isolado à esquerda, à direita e ao centro, embora seja um grande competidor se conseguir se consolidar. Foi o cavalo da vez e 2012 e não tão da vez assim em 2016.
Quem sabe o que 2020 lhe reserva? Caso seja perguntado a um palaciano, provavelmente ele argumentará que João Campos não tem adversários no ano que vem. Se a pergunta for dirigida a alguém da oposição, a resposta quase sempre é a de que o PSB tem tudo para perder em 2020. Na verdade, nenhum dos dois lados deveria negar que o pleito está aberto e a campanha deve faiscar nas ruas da cidade. Mais ainda: as faíscas devem acender braseiros nas cidades periféricas. Somente para exemplificar, o rearranjo de partidos deve impactar o xadrez eleitoral nas cidades de Paulista, Petrolina, Cabo e Caruaru, além de muitas outras a partir de agora. De um lado, o PSB querendo manter sua hegemonia; do outro, o PT ainda com o sabor do poder na boca; no meio, os filhos da finada União por Pernambuco querendo conquistar aquilo que muitos deles somente ouviram seus pais e padrinhos contar em histórias saudosistas.
Exaltados – O acirramento que transformou os pleitos nas cidades de Carpina e Paudalho em uma coisa só, parecer ter transposto os limites dos dois municípios. Começam a sentir o clima quente também Nazaré da Mata e Tracunhaém.
Finalmente – Inaugurada após vários anos, a ponte do Janga foi alvo de elogios por parte de motoristas e de críticas dos pedestres. Transeuntes se queixa da falta de semáforos e faixas de pedestres, além de não terem sido projetadas ciclovias. A inauguração contou com a presença do prefeito de Paulista, Júnior Matuto (PSB); do governo do estado, Paulo Câmara (PSB);e da vice-governadora Luciana Santos (PCdoB).
Encontro – Em Camaragibe, as movimentações do pré-candidato a prefeito Felipe Dantas vêm agitando a cidade. Nesta última semana, ele recebeu Jorge Carreiro (PV), do diretório estadual da legenda para deliberar os ajustes da formalização do diretório municipal do PV camaragibense. Nas pesquisas e sondagens internas, Felipe tem se mostrado um candidato competitivo, desbancando nomes tradicionais do município. Anteriormente, a REDE Sustentabilidade também havia declarado apoio ao nome de Felipe Dantas.
Dúvida – Augusto Coutinho apoiará oficialmente o cunhado Mendonça Filho(DEM) para prefeito do Recife e abdicar do espaço no estado ou vai cismar com o irmão da esposa e fincar os pés mais fundo no Palácio?
Escrito por Wellington Ribeiro
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