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Suplentes na expectativa – Por Marcelo Velez

Suplentes na expectativa – Por Marcelo Velez

Findadas as eleições de outubro, festejaram os que venceram e alguns dos que perderam também. Na política, existe a expressão “perder ganhando” e ela se aplica bem agora. Os primeiros suplentes podem assumir já em fevereiro se deputados forem chamados para assumir postos estratégicos no segundo governo Paulo Câmara. Além disso, em se aproximando as eleições municipais, podem assumir definitivamente caso os mandatários tornem-se prefeitos de cidades importantes. É o caso dos suplentes do chapão, por exemplo. Ventila-se a hipótese de lançar a delegada Gleide Ângelo para disputar em Jaboatão, Lucas Ramos em Petrolina, Francismar em Paulista e Tony Gel em Caruaru. Se todos fossem eleitos, seriam chamados a assumir definitivamente, na sequência, Sivaldo Albino, Professor Paulo Dutra, Laura Gomes e Ana Callou. Se alguém não puder ou não quiser estar na Alepe, seria aberta vaga para Creuza Pereira, que ficou na quinta suplência da chapa. Em Caruaru, Zé Queiroz (PDT) deve disputar novamente pelo comando do executivo. Em se sagrando vencedor, o próximo da chapa seria Manoel Jerônimo (PROS), ex-Defensor Geral do estado. Entretanto, existe ainda a possibilidade de ele assumir antes caso Queiroz seja convocado para o primeiro escalão estadual. Em Olinda, a indicada do PT deve ser Teresa Leitão. Se houver consenso e ela obtiver ajuda do Palácio, com a vaga dela seria aberta oportunidade para o ex-prefeito do Recife João da Costa, que também pode assumir antes caso algum petista da Alepe saia para integrar o secretariado do governo. Ele, atualmente, será encaminhado para a Câmara do Recife e deve assumir a vaga deixada por Marília Arraes(PT). Dentro do PP, o delegado Erick Lessa deve disputar novamente a prefeitura de Caruaru com força, Vinícius Labanca vai pela prefeitura de São Lourenço da Mata e Beto Accioly tentará a vaga em Camaragibe. Neste caso, somente Marcantonio Dourado Filho seria chamado a ocupar mandato porque Vinícius e Beto acabaram como suplentes. Apenas aconteceria de Dr. Valdir ficar na primeira suplência, João Eudes na segunda e Cal Volia Zé na terceira. Há a possibilidade de Júnior Uchôa disputar a prefeitura de Igarassu como era vontade do pai. Vitorioso, abriria vaga para Diogo Prado se tornar deputado estadual. Por fim, se Augusto César suceder Luciano duque em Serra Talhada, ninguém assumiria porque ele não consegui se reeleger. Federal – Ainda na mesma linha de pensamento, se João Campos ou Felipe se afastarem ou assumirem alguma prefeitura, Milton Coelho e Ninho seriam chamados. O mesmo para Marília Arraes, André Ferreira, Luciano Bivar, Daniel Coelho e Túlio Gadelha. Em suas vagas, assumiriam os suplentes Odacy Amorim (PT), Zeca Cavalcanti (PTB), João Fernando Coutinho (PROS) ou Major Pedro Mendes (PSL). Carga – Para algumas lideranças municipais, a campanha deste ano foi emendada à de 2020 e eles continuam nas ruas para tentar chegar com visibilidade em 2020 e fazer uma campanha tranquila de fato. Grandes eleitores – Alguns deputados se tornaram grandes eleitores municipais. Se não quiserem ser candidatos em 2020, devem ser de muita ajuda aos prefeituráveis. É o caso de Antônio Fernando em Ouricuri, Álvaro Porto em Canhotinho, Delegada Gleide Ângelo em Jaboatão e Sebastião Oliveira em Serra Talhada. Da terra – Algum pernambucano será chamada para a Esplanada dos Ministérios no futuro governo Bolsonaro? Escrito por Marcelo Velez  [...]
Os resultados de 2018 e a sua influência para 2020 – Por Marcelo Velez

Os resultados de 2018 e a sua influência para 2020 – Por Marcelo Velez

João Campos e Carreras saíram credenciados para disputar com força a prefeitura do Recife pela votação que tiveram. Já era esperado um embate feroz entre os dois candidatos a deputado federal e, neste ano, Campos levou ligeira vantagem com, aproximadamente 70 mil votos. Carreras teve por volta 67 mil, mas não deve ficar por trás. Conta a favor de João Campos a preferência de setores importantes do PSB. Para Felipe ser candidato a mudança de legenda para garantir sua candidatura em 2020 seria uma opção. Entretanto, a dinâmica política pode mudar e um futuro acordo – embora improvável – pode surgir a fim de acalmar os ânimos internos do partido.  Por sua vez, Daniel Coelho (PPS) e João Paulo (PC do B) saíram muito prejudicados com uma queda nos votos em Recife. Principalmente este último precisará se reavaliar antes de tentar qualquer mandato novamente. Ainda na capital, uma surpresa do pleito pode ser o nome de Túlio Gadêlha. Com um bom desempenho este ano, Túlio deve garantir o nome alto em algumas pesquisas e pode chegar como fato novo na eleição. Outro nome que pode aparecer é o de Luciano Bivar. Se Bolsonaro levar a disputa pela presidência e der um espaço grande a Bivar, recompensando-o, o ex-presidente do Sport tem tudo para também ser candidato a prefeito do Recife com uma boa retaguarda. A hipótese já é ventilada por alguns de seus assessores mais próximos e garantem que só seria abortada a fim de um outro projeto maior em 2022. Já no município vizinho, em Jaboatão dos Guararapes, a delegada Gleide Ângelo, eleita deputada estadual com a maior votação da história de Pernambuco, pode ser indicada pelo PSB para disputar o Poder Executivo Municipal em 2020 para demover o grupo Ferreira do comando do segundo maior colégio eleitoral do estado, garantem nomes do PSB em reserva. O motivo do deslocamento dela seria o fato de Collins e Neco terem obtido um resultado aquém do esperado, bem como a família Gomes. A estratégia pode ser arriscada porque, se por um lado elegerem a delegada prefeita, perderão uma importante puxadora de votos. A delegada receberia a oportunidade de mostrar serviço com a caneta na mão, mas ninguém pense que será fácil de derrubar a família Ferreira, com políticos natos, e com a estrutura que possuem simplesmente por confrontá-los com uma celebridade recém-estreada na vida política. No maior colégio eleitoral do sertão Odacy Amorim, apesar de não conseguir se eleger deputado federal, mostrou força em Petrolina, seu berço político é pode disputar a prefeitura. Odacy liderou a disputa na cidade e fez sua esposa, Dulcicleide, eleita deputada estadual, vice-líder. O petista perdeu mas saiu por cima e vai dar caldo na disputa de 2020. Renildo Calheiros conseguiu ser eleito deputado federal pelo impressionante desempenho de João Campos, mas teve um péssimo resultado em Olinda, cidade que governou por 8 anos. Já o prefeito Lupércio não conseguiu eleger a esposa Cláudia, mas rendeu a ela 15 mil votos na cidade e segue sendo o principal eleitor do município. Zeca Cavalcanti, que perdeu a reeleição para deputado federal mesmo após o irmão Julio desistir da reeleição para deputado estadual, não fez feio dentro de Arcoverde e teve uma boa votação. O problema foi um resultado um pouco menor fora da terra natal. Henrique Queiroz viu o sonho de ser deputado federal minguar, mas elegeu o filho para deputado estadual para que guarde a cadeira do pai por 4 anos, ou siga na carreira caso o patriarca decida se aposentar depois de ser diplomado em 9 mandatos. Vitória vai pegar fogo em 2020, porque os dois grupos tiveram votações muito próximas. Tanto Aglailson Victor quanto Joaquim Lira foram muito bem no colégio eleitoral e a polarização entre as duas famílias vai continuar ascendente até o pleito municipal. A família Sales é quem está rindo à toa em Ipojuca. Elegeram Romerinho deputado estadual com larga escala na cidade, viram Simone Santana cair de votação e  Débora Serafim perder a tentativa de assumir uma vaga na ALEPE.  A gestão bem avaliada de Célia Sales segue imprimindo muita influência política na cidade. Álvaro Porto foi outro que não fez feio em sua cidade natal, saindo majoritário do município comandado por seu filho. Sebastião Oliveira e Duque também protagonizaram uma batalha de fogo em Serra Talhada. Enquanto Sebá saiu majoritário para federal, o candidato apoiado pelo prefeito Luciano Duque, Augusto César, acabou majoritário para estadual. César não se reelegeu e Sebá emplacou a reeleição para deputado federal. Escrito por Marcelo Velez - Colaborador do Blog Ponto de Vista  [...]
Domingo é o dia da verdade – Por Marcelo Velez

Domingo é o dia da verdade – Por Marcelo Velez

O grande dia da eleição de 2018 está chegando e já tem candidato sem conseguir dormir direito pensando na organização e estratégias que tomou até aqui. É momento de contar e recontar os votos, ficar de olho no cumprimento da legislação eleitoral e dar um gás na motivação do grupo a fim de que todos estejam afinados no mesmo objetivo. Dos deputados que obtiveram resultado abaixo de 40 mil votos em 2014, Edilson Silva (PSOL) deve crescer com a estrutura do mandato e Teresa Leitão pode renovar o mandato com a ajuda de Marília Arraes no Recife e interiores, além força da militância do PT. Augusto César (PTB), que agora tem apoio de 7 prefeitos, tem probabilidade de surpreender e sair entre os eleitos da chapa da oposição. Já Joel da Harpa (PP) tende a se beneficiar pelos votos bolsonaristas em Pernambuco. Eduíno, Zé Maurício, João Eudes, Beto Accioly, Dr Valdi, Everaldo Cabral, todos do PP,  e Cláudia de Lupércio estão na briga pelas últimas vagas da chapinha de Eduardo da Fonte, dos quais Eudes, Cláudia e Everaldo levam vantagem por possuírem colégios eleitorais importantes como base principal, mas isto não descarta a competitividade dos outros concorrentes, nem lhes garante a cadeira. Por sua vez, Roberta Arraes, mesmo se cair alguns votos em relação ao último pleito, sai eleita porque também está inclusa na excelente chapa montada por Da Fonte.  Isaltino e Laura Gomes, por sua vez, até hoje esperam um gesto do Palácio e, apesar de estarem longe da votação necessária para vencer, podem ser agregados na máquina pública caso Paulo se sagre governador reeleito. Paulinho Tomé (PRP) precisa dar sorte de sua chapa fazer um deputado e Terezinha Nunes (PSDB) precisa garantir uma enxurrada de apoios caso não queira terminar a campanha com menos de 15 mil votos. De volta à chapa do PP, Jadeval de Lima (PMN) e Aline Mariano (PP) precisam suar a camisa para conseguir os 35 mil votos mínimos necessários para se eleger.  No meio político, o candidato pode até mentir para os seus colegas afirmando ter mais votos do que tem de verdade, mas domingo é o dia da verdade e da urna ninguém se esconde. O próximo dia 7 deve mudar a estrutura política de Pernambuco e forjar novas lideranças importantes para 2020 e 2022.  Em alta - Por falar em Beto Accioly, ele está com a bola toda em Camaragibe, sua terra natal. Depois de arrastar 2 mil pessoas num evento com o Eduardo da Fonte e mil pessoas com o governador, o deputado realizou uma grande caminhada na cidade, no último sábado, levando consigo Mais de 500 pessoas. Há quem diga que Beto indubitavelmente sai majoritário da cidade. A força - José Humberto Cavalcanti demonstrou o porquê é deputado no encerramento de sua campanha. Uma multidão deu o sinal da força política de  José, que comanda o PTB estadual e tem um irmão comandando o PODEMOS-PE. Sem dúvidas, a dupla dinâmica é uma das potências do estado e ambos devem sair vitoriosos no domingo. Crescendo – O candidato a deputado estadual Doriel Barros está crescendo na bolsa de apostas de muitos analistas como certo para se eleger, talvez até em primeiro lugar pela chapa do PT. Oriundo da Fetape, Doriel quer repetir o feito de Manoel Santos. Presente em 172 municípios, muita gente dá como certa a vitória e até diz que a Alepe deveria já mandar fazer o diploma dele. Tem voto - Dos candidatos a deputado estadual que figuram dentre os destaques para serem eleitos com folga no domingo, alguns podem chegar até a possuir a quantidade de votos de um deputado federal caso quisessem. É o caso de Júnior Uchôa, Pastor Cleiton Collins, Presbítero Adalto, Manoel Ferreira, Alberto Feitosa, Rodrigo Novaes e Aglailson Júnior. Fortes na capital: André de Paula e Felipe Carreras. De posse de um exército de lideranças, muitos vereadores e alguns candidatos a deputado estadual, André e Felipe devem sair com uma excelente votação da capital pernambucana e as eleições de 2018 são uma preliminar das eleições de 2020 para prefeito do Recife. Escrito por Marcelo Velez - Colaborador do Blog Ponto de Vista [...]
Política em Dia (30/09) – Clãs crescem, clãs descem – Por Marcelo Velez

Política em Dia (30/09) – Clãs crescem, clãs descem – Por Marcelo Velez

Após as eleições de 2018, como de costume, as forças políticas tradicionais serão totalmente reformuladas conforme o resultado que surgir das urnas. Os clãs políticos que já existem no estado tentam ampliar ou, ao menos, continuar assegurando as forças que possuem agora. Outros, pensam no futuro e arriscam apostando todas as fichas possíveis. O clã dos Ferreira, liderado por André e Anderson Ferreira, já detém a prefeitura de Jaboatão, segundo maior colégio eleitoral de Pernambuco e querem emplacar um deputado federal, um estadual e um vice-governador. Os mandatos de deputado são garantidos, o que já lhes conferiria um poder imenso somado à máquina municipal, mas, se conseguirem a façanha de eleger Fred Ferreira vice-governador, a família sobe de patamar e passa a ser uma das principais famílias até do Nordeste. Os Bezerra Coelho dominam a prefeitura de Petrolina, possuem o mandato de senador com Fernando e pretendem eleger um federal e um estadual com grandes chances de êxito. O patriarca da família se desgastou muito aliando-se a Temer e rompendo com Paulo na tentativa de sair candidato a governador pelo então PMDB. Ele corre o risco de passar no mínimo 2 anos na oposição estadual e ficar sem significativos espaços no governo.  Os Cavalcanti, dos deputados irmãos Júlio e Zeca, diante da possibilidade factível de ambos ficarem sem mandato, abortaram a candidatura estadual e focaram somente em reeleger Zeca deputado federal, no intuito de continuar com a estrutura mais forte da família. A estratégia, segundo alguns analistas atentos, já surte efeito mas não livra os Cavalcanti da pior das hipóteses totalmente.  Os Costa, liderados pelo candidato a senador Silvio Costa, pretendem eleger dois deputados e tentar arriscar o mandato do pai. Silvio ancora-se no lulismo para tentar a vaga de senador, embora saiba que, caso Armando vença e ele perca, possui cadeira cativa no secretariado estadual. A família Martins tem chances de reeleger Claudiano Filho com tranquilidade. Uma parte da família apoia Paulo, outra está com Armando e uma terceira, menor, vai de Maurício Rands – qualquer que seja o final da história, eles estão debaixo do guarda-chuva. Os Magalhães de Clodoaldo e Eudo, podem encontrar dificuldades após o rompante com João Coutinho, mas controlam uma quantidade significativa de prefeituras e tendem a manter a mesma força política que outrora detêm. Os Lira, liderados pelo ex-deputado e ex-prefeito Elias Lira, possuem todas as chances de conservar o mandato de deputado estadual de Joaquim Lira, filho de Elias e ainda incentivam a candidatura de Paulo Roberto pelo PATRI, que rivaliza diretamente com Davi Muniz a segunda vaga da chapa de deputado federal. Os Cavalcanti de José Humberto e Ricardo Teobaldo são alguns dos mais tranquilos em 2018. Apesar de terem perdido a prefeitura de Limoeiro, conservam muitas bases dentro e fora do berço, então nenhum dos dois deve ter surpresas negativas neste processo. Pelo contrário, Teobaldo tem tudo para estourar de votos.  O deputado estadual Pedro Serafim Neto cansou da vida na Assembleia e quer trocar de lugar com  a irmã Débora Serafim, que vem dando carga há muito tempo para chegar competitiva. O clã que já comandou a prefeitura de Ipojuca, agora luta para não ser apagado do mapa político estadual. Os Amorim, de Petrolina, querem subir de patamar e emplacar dois deputados, Dulcecleide e Odacy. Defensores do lulismo no sertão, tendem a se beneficiar fortemente da escalada de Haddad e do petismo de raiz.  Os Santana de Ipojuca não devem sofrer muitas surpresas e manter o cargo de Simone como deputada estadual. Por último, mas não menos importante, os Labanca devem reeleger Vinícius deputado estadual, mas precisam correr para conseguir os votos necessários e retomar em 2020 a prefeitura de São Lourenço da Mata que é seu principal ancoradouro político. Adendos – Nomes como Queiroz, Urquiza e Patriota figuram na boca dos cochichos como clãs que serão soterrados politicamente. Já os Uchôa, Coutinho, Monteiro e Mendonça devem manter os cargos que já possuem ou ampliá-los. Kamikazes – Este ano, houve quem desistisse de uma reeleição líquida e certa para coordenar campanha majoritária. Então, a ansiedade é grande porque o espaço no governo depende da vitória de seu candidato. Se seus candidatos perderem, correm o risco de ir do céu ao inferno em minutos e passar um bom tempo a pão e água Chiadeira – Alguns candidatos, principalmente a deputado estadual, estão reclamando de não terem a vida resolvida pelo candidato a governador que defendem. Muitos já falam em fazer corpo mole no primeiro turno e apoiar explicitamente no segundo, quando a fatura proporcional já está paga. Escrito por Marcelo Velez [...]
Política em Dia (24/08) – Novas lideranças que se projetam – Por Marcelo Velez

Política em Dia (24/08) – Novas lideranças que se projetam – Por Marcelo Velez

É natural o resultado de uma eleição catapultar o nome de determinados candidatos para as eleições posteriores. Assim como 2014 definiu 2016 e 2016 definiu 2018, 2018 definirá 2020. A prefeitura do Recife é o troféu maior, cobiçado por muitos campeões de voto, mas qualquer um dos grandes nomes forjados tem seus planos próprios que passam ou não pela conquista de prefeituras importantes no estado de Pernambuco.  André de Paula, já veterano na Câmara Federal, caminha para se eleger novamente com expressiva votação, além de manejar um fortíssimo PSD, mais poderoso que em 2014. João Campos tem tudo para ser o mais votado e começar a construir seu nome sozinho na política nacional. Eduardo da Fonte comandará um partido com mais de dez deputados estaduais e possivelmente com 3 ou 4 federais – um poder de fogo imenso para um homem só. Augusto Coutinho fez o dever de casa e propagou o SD até os confins de Pernambuco, permitindo que sua legenda fosse cada vez mais representativa. Mendonça Filho e Anderson Ferreira estão buscando ocupar cadeiras em todos os níveis políticos possíveis, a fim de conseguir maior espólio. Ricardo Teobaldo, por sua vez, perdeu o controle político da prefeitura de Limoeiro mas não perdeu a base e segue expandindo sua influência em cidades estratégicas como Ipojuca e Paudalho.  Do lado das surpresas, estão Marília Arraes, Davi Muniz e Odacy Amorim. Marília vem forte para 2020 no Recife, Davi Muniz se tornará uma das principais lideranças da RMR e Odacy pode se dar bem em Petrolina levantando a bandeira do lulismo. Todos estes tendem a sair fortalecidos do pleito deste ano e, dependendo de como se conduzirem depois, podem ocupar o vácuo deixado por nomes que se aposentarem das urnas, como Jarbas Vasconcelos. Refazer as contas – Apesar de chapinhas que não atingirem o coeficiente poderem disputar as sobras neste ano, apenas as que chegarem bem perto vão realmente ter acesso a mais cadeiras. É bom que muitos articuladores refaçam suas contas porque vai ter chapa naufragando. Espaço Municipal para a calda – A disseminação de chapinhas precisou de que muitos ex-candidatos a vereador ou vereadores eleitos em cidades pequenas fossem para o pleito deste ano. Como a eleição estadual tende a render mais votos que a municipal, alguns prefeitos devem ter de abrir espaço para os donos de votações partidas mas representativas em seus respectivos colégios Trator – O candidato a deputado estadual Júnior de Cleto está com um verdadeiro batalhão pelas ruas do Recife. Pelo seu ritmo grande e a campanha agressiva na conquista do voto, muita gente o tem chamado de Trator de Cleto *Amanhã tem mais uma coluna Radar Político, com Wellington Ribeiro [...]
Política em Dia (18/08) – Vereadores na corrida eleitoral – Por Marcelo Velez

Política em Dia (18/08) – Vereadores na corrida eleitoral – Por Marcelo Velez

Muitos vereadores estão tentando dar um salto na representatividade pessoal. A campanha do legislador municipal costuma ser muito próxima das ruas e, por isso, os vereadores são a principal base de sustentação de uma campanha estadual. Um bom número de edis pode significar o pontapé inicial para eleger um deputado.  Acontece que vários vereadores estão lançando campanhas próprias neste ano porque crêem serem arrastados por puxadores em chapinhas ou porque chegam competitivos devido a estrutura própria e isto tende a prejudicar candidatos antes consolidados. Principalmente no Recife, muitos vereadores eleitos pretendem saltar para a Alepe, Câmara Federal e um até tenta ser vice-governador, Fred Ferreira.  Os ex-prefeitos e candidatos que esperam expressivas votações nos maiores colégios eleitorais do estado precisam refazer suas contas com base neste problema se não quiserem ter surpresas negativas em outubro. Mais ainda: pelo desgaste dos detentores de mandato, certos destes vereadores estão obtendo muito êxito junto ao povo como promessas de renovação. Um verdadeiro batalhão de legisladores municipais está minando as bases de muitos deputados estaduais. Quem será que vence esta guerra? O exército da Alepe ou o exército das Câmaras Municipais?  A história se repete – Marco Maciel era um grande quadro de Pernambuco. Não havia perdido nenhuma eleição até 2010, quando a derrota fragorosa buscando a reeleição para senador o aposentou das disputas políticas. Apesar de Jarbas liderar todas as pesquisas até agora, muitos prefeitos estão fechando as portas para ele e alegando motivos diversos, desde falta de apoio em 2016 até a fidelidade a Bruno e Mendonça pelo trabalho que fizeram enquanto ministros. Jarbas precisa sair do clima de “já ganhou” e entrar de cabeça neste pleito. Demonstrou força – O ato político da última quinta em Aldeia chacoalhou o município. O ex-prefeito Jorge Alexandre PSC, apresentou Júnior Uchôa e Vinícius Mendonça como candidatos a uma multidão de lideranças e moradores. Esperando mil pessoas, o Galpão de Vidro precisou ser rearranjado às pressas para comportar as quase 5 mil que chegaram. Jorge foi derrotado em 2016 mas teve jogo de cintura e permanece com a base quase intacta mesmo sem a máquina municipal em mãos. Um pé de cada lado – Há prefeitos se empenhando nas duas campanhas mais fortes a governador. Apoiando tanto Paulo quanto Armando, pretendem ter espaço no próximo governo qualquer que seja o resultado, além de emplacarem parentes que tenham perdido a eleição neste ano como secretários ou secretários-adjuntos. Farinha pouca, meu pirão primeiro – A atitude de Nilton Mota de desistir da reeleição e dividir as bases com os colegas foi muito elogiada. Crendo na reeleição de Paulo Câmara e sendo coordenador da campanha dele, não haveria necessidade de botar o bloco na rua porque a recompensa cabível pelo trabalho seria uma secretaria no governo. Além disso, suas antigas bases poderiam ser a injeção que faltava para eleger governistas em situação difícil. Porém, o efeito pareceu ser o inverso: na ansiedade por se reeleger, certos deputados acabaram brigando por lideranças de Mota. Cada um quer a maior fatia para si. *Marcelo Velez estreia no Blog Ponto de Vista com a coluna Política em Dia que será publicada todos os sábados. Nas segundas, terças e sextas-feiras você fica por dentro dos bastidores da política pernambucana com a Coluna Radar Político, com Wellington Ribeiro. [...]
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