Bancada de oposição realiza blitz no Hospital Getúlio Vargas

Bancada de oposição realiza blitz no Hospital Getúlio Vargas

Pacientes nos corredores e situação precária foi o cenário que os parlamentares encontraram na unidade de saúde

A bancada de oposição da Assembleia Legislativa de Pernambuco realizou, nesta segunda-feira (18), a primeira blitz do ano para fiscalizar os serviços do Governo do Estado. O local escolhido foi o Hospital Getúlio Vargas, na zona Oeste do Recife.

O líder da oposição, Marco Aurélio (PRTB), esteve junto com os deputados Antonio Coelho (DEM), Clarissa Tércio (PSC), João Paulo Costa (Avante), Romero Sales Filho (PTB) e William Brigido (PRB). Antes da blitz, o grupo fez uma visita de cortesia ao presidente do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE), conselheiro Marcos Loreto, para tratar do relatório das obras inacabadas do governo do estado.

“Escolhemos a saúde porque o governo do estado sempre disse na propaganda que era mil maravilhas, e o que vimos aqui não é nada daquilo. A situação é a pior possível, macas que vêm de ambulâncias viraram leitos para os pacientes, que ficam no corredor, não tem atendimento digno, falta água, falta remédios. Isso mostra que a propaganda que o governo faz não condiz com a realidade”, afirmou Marco Aurélio.

O deputado Antonio Coelho, vice-líder da bancada de oposição, destacou que a quantidade de pacientes no hospital é quase o triplo de sua capacidade. “A emergência tem capacidade para 72 pacientes, mas funcionários nos disseram que são quase 200 pessoas em atendimento. A solução seria investir em hospitais no interior, já que a grande maioria dos pacientes vêm de fora da Região Metropolitana”, observou Coelho.

Para João Paulo Costa, a situação é “desumana”. “A gente testemunhou uma situação precária na unidade. Existe apenas uma cadeira de rodas para o uso de 200 pacientes, muitos deles estão há semanas esperando por cirurgia. Além disso faltam medicamentos, como o tramal. É uma situação desumana”, destacou. “O que vimos faz vergonha, é algo deplorável. Nem em guerra civil você vê cenas como essas. Goteira, falta de água, falta de medicamentos, um caos”, completou o deputado William Brigido.

Romero Sales Filho, por sua vez, lembrou que o hospital passou por uma reforma recente, que ampliou de 50 para 72 leitos, porém sem solucionar o quadro atual. “Não adianta destinar recursos quando não se tem eficiência. A reforma foi um paliativo do governo, para que as pessoas continuem com os leitos no chão e sem fazer exames. Os médicos são verdadeiros heróis aqui, vivem numa situação de guerra”, afirmou. Para Clarissa Tércio, o que o grupo ouviu foi um “grito de socorro”. “A nossa bancada de oposição está unida para denunciar esse e outros casos aqui no nosso Estado, que não ocorrem só neste hospital, mas em muitos outros da rede pública”, concluiu.

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