Candidaturas de Paulo Câmara e Pedro Campos são um dos atrativos das chapas proporcionais do PSB

Sigla socialista deve ampliar de forma significativa as suas bancadas na Câmara Federal e Assembleia Legislativa


De olho em não apenas em garantir a hegemonia do partido no estado, mas também de ampliar o espaço ocupado pela sigla na Câmara Federal e Assembleia Legislativa, o PSB avalia incluir na disputa proporcional do próximo ano duas figuras que podem servir como puxadores de votos e, respectivamente, atrativos para aqueles que buscam pelo caminho mais curto para conquistar uma vaga na Câmara Federal e ALEPE.

Com a manutenção da regra eleitoral, que impossibilita a realização de coligações na proporcional, os partidos agora terão que concentrar grande energia na construção de chapinhas atrativas que proporcionem àqueles que buscam pela reeleição um caminho tranquilo, como também facilidade para os novatos que procuram por uma sigla que lhes garantam competitividade, e neste contexto o puxador de votos possui um papel preponderante.

Há tempos o Blog Ponto de Vista vem cantando a pedra de que o governador Paulo Câmara pode renunciar o mandato em abril do próximo ano para concorrer a uma vaga na Câmara Federal. Prova desta possibilidade é que o PSB já tem reservado algumas bases no interior para reforçar a sua candidatura o suficiente a catapulta-ló a um potencial puxador de votos. Essa ideia tem ganhado corpo por conta da expectativa de fusão entre o PC do B e o PSB, o que levaria a vice-governadora Luciana Santos a ingressar nas fileiras socialistas, abrindo desta forma um caminho seguro para que o governador deixasse o mandato e o PSB escolhesse o candidato a sucessão, assim como fez Eduardo Campos em 2014 quando filiou o seu vice João Lyra ao PSB, que preso ao partido não pode concorrer à reeleição. Neste contexto, onde Paulo concorreria à Câmara Federal, o jovem Pedro Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos, antes visto como potencial candidato a deputado federal, teria a missão de fortalecer a chapa para deputado estadual do PSB na condição de puxador de votos. Foi o que informou uma fonte ligada ao Palácio ao Blog.

Com Pedro Campos candidato a deputado estadual o PSB teria disponível ao menos dois nomes como atrativos na chapa dado o potencial de votos que apresentam. O outro é a delegada Gleide Ângelo, campeã de votos na eleição passada com 412 mil votos. Vale lembrar que graças ao fenômeno Gleide Ângelo em 2018 a chapa proporcional do PSB possibilitou a eleição de um deputado estadual com pouco mais de 23 mil votos. Com esses dois então, a chance disso se repetir são imensas.

Com Gleide Ângelo e Pedro Campos correndo, a manutenção dos atuais deputados estaduais no partido e a iminente chegada de tantos outros, além da atração de vários candidatos, o PSB tem tudo para ampliar não apenas de maneira significativa a sua bancada na ALEPE, mas garantir aos que concorrem pela sigla uma eleição que demande menor energia. Já para a Câmara Federal, com Paulo Câmara concorrendo e uma regra que favorece aos partidos que estão no poder, os socialistas devem repetir o que aconteceu na eleição passada, quando candidatos na casa dos 50 mil votos foram eleitos dentro do partido.

Escrito por Wellington Ribeiro

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