Category: Agricultura

O deputado estadual Antonio Coelho (DEM) elogiou, nesta segunda-feira (16), a decisão do governo federal de rever a portaria que lista os municípios contemplados na área de zoneamento agrícola de risco climático. Na relação inicial, publicada em 23 de julho, ficaram de fora todos os municípios do Vale do São Francisco e do Sertão do Moxotó, importantes produtores de banana. Na mesma ocasião, o parlamentar encaminhou uma indicação à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e à Secretaria Nacional de Política Agrária no sentido de incluir as regiões, o que foi atendido pela portaria 265, já publicada no Diário Oficial da União. “Fizemos a solicitação e o ministério prontamente nos atendeu, contemplando assim os municípios do Vale do São Francisco, como Petrolina, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, Lagoa Grande, e também do Sertão do Moxotó, como Inajá e Ibimirim, onde existe uma significativa produção de banana. Havia uma grande preocupação dos produtores locais, que poderiam ficar impedidos de contrair empréstimos financeiros junto a instituições públicas, como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco do Nordeste. Felizmente, após o nosso contato, juntamente com a atuação do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e do deputado federal Fernando Coelho Filho (DEM), a posição foi revista”, destacou Antonio Coelho. O parlamentar ressaltou que seguirá pleiteando junto ao ministério para a inclusão da região do Vale do Siriji, que não foi contemplada nas duas portarias. “O Vale do Siriji também tem grandes municípios produtores, como São Vicente Ferrer, Machados, Macaparana e Vicência. Temos que reconhecer e valorizar a busca pelo diálogo, o entendimento que foi construído, e que agora vamos buscar a ampliação dessa área de zoneamento para a região do Siriji”, completou o parlamentar. [...]

Agricultores familiares de comunidades dos municípios de Caetés e Paranatama, no Agreste Meridional, denunciaram, hoje, na Assembleia Legislativa, vários problemas de saúde causados pelo sons emitidos pelos aerogeradores instalados em suas propriedades, desde que os parques eólicos começaram a funcionar na região. Os depoimentos foram dados durante a reunião da Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural sobre o tema, que também contou com a presença de empresas que administram os complexos eólicos e do Governo do Estado. “Temos famílias inteiras abandonando suas propriedades porque não aguentam mais o barulho dessas máquinas. Isso tem causado problemas de audição, pressão alta, dor de cabeça e estresse”, destacou o agricultor Simão Salgado. Ele relatou, ainda, problemas com a produção e com o meio ambiente. "Há algum tempo, vem sendo realizado um diálogo com a empresa, mas não foi encontrada uma solução", lembrou. Para os diretores da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (FETAPE), não adianta os benefícios econômicos que esses empreendimentos podem gerar para o Estado, se forem ampliados os custos com a saúde de diversas famílias, que estão sendo atingidas negativamente por esses empreendimentos. As empresas Cúbico S/A e Echoenergia pontuaram a importância desse debate e reconheceram que há impactos negativos que, inclusive, estão sendo avaliados, para que haja um maior cuidado na implementação de novos parques. Já o Governo do Estado, representando pela Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e CPRH,  admitiu que ainda  existem muitas limitações na identificação desses problemas, mas que há uma preocupação em solucioná-los e em estabelecer medidas preventivas, especialmente pela necessidade de expansão da produção de energia eólica em Pernambuco, que tem um grande potencial. “Os debates ocorridos hoje foram fundamentais para entendermos melhor esse tema. Afinal, temos 34 parques no estado e outros deverão chegar. A orientação da Comissão é que as empresas possam aprofundar esse diálogo com os agricultores, para encontrar soluções, evitando que se coloque em risco a qualidade de vida das famílias. O papel do Governo é fundamental na intermediação desse diálogo e na busca de soluções. Da nossa parte, vamos acompanhar esse processo e fazer várias discussões, para que esta Casa possa contribuir com o marco regulatório nessa área”, afirmou o presidente do Colegiado, deputado Doriel Barros. [...]

Na manhã desta terça-feira (23), por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), em parceria com o Governo do Estado de Pernambuco e com o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), a Prefeitura de Limoeiro, através da Secretaria de Desenvolvimento Agrícola, Meio Ambiente e Pesca, promoveu a entrega de sementes de sorgo e milho aos agricultores do município. Foram distribuídas, ao todo, 4,9 toneladas de grãos, sendo 4,2 de milho e 0,7 de sorgo. O evento foi realizado na sede da pasta, no bairro do Ponto Certo. O secretário executivo de Agricultura de Limoeiro, Luiz Bezerra de Melo, destacou que o fornecimento das sementes aos trabalhadores do campo faz parte de uma série de iniciativas da gestão municipal e reforça a cooperação com o Governo do Estado. “Este ano a Prefeitura já promoveu a aração de terras de aproximadamente 140 agricultores do nosso município, o que corresponde a cerca de 80% do total. Agora, em parceria com o Governo de Pernambuco, estamos fornecendo sementes a esses trabalhadores e melhorando suas condições para o plantio. Ficamos muito satisfeitos quando vemos o sorriso estampado no rosto deles”, frisou. Por sua vez, o prefeito João Luís Ferreira Filho ressaltou que estas iniciativas vêm sendo promovidas mesmo em meio à crise econômica do País. “Mesmo com a grande crise econômica pela qual o Brasil passa, estamos conseguindo melhorar a qualidade de vida do povo da zona rural do nosso município. Nossa gestão vem sendo a que mais instalou poços artesianos nas comunidades rurais. A Prefeitura também está atendendo as demandas dos agricultores e lhes fornecendo tratores para o arado. Agora, juntamente com o Governo do Estado, nós estamos lhes dando sementes para ajudá-los na plantação”, pontuou. Diego Pessoa, que representou o secretário de Agricultura do Estado, Dilson Peixoto, comemorou a iniciativa. “O Governo de Pernambuco investiu mais de 2 milhões de reais para garantir as sementes e a produção aos agricultores. Estamos sendo beneficiados pelas chuvas e, com essa medida, vamos garantir mais alimentos para a mesa dos pernambucanos. Estamos distribuindo mais de 400 toneladas de sementes em todo o Estado”, atestou. A coordenadora do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Flávia Guimarães, detalhou os investimentos em torno do programa na Princesa do Capibaribe. “Foram investidos 242 mil reais em Limoeiro, onde serão beneficiados 57 agricultores, juntamente com as associações. Dessa forma, vamos ajudar a girar a Economia do Estado, facilitar a comercialização de produtos da agricultura familiar e beneficiar as instituições sociais”, garantiu. O presidente do Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Limoeiro (Codesul), Eraldo Cardoso, definiu a ocasião como “um dia de muita alegria”. “Com o plantio e a colheita dessas sementes, os agricultores poderão alimentar suas famílias e comercializar as sobras. Através da parceria entre a Prefeitura de Limoeiro, o Governo do Estado e o PAA, o trabalhador do campo cadastrado terá a garantia para repassar sua mercadoria à Prefeitura, de modo que ela utilize esses produtos para a merenda escolar”, salientou. Entre os agricultores beneficiados estão Senhor Sérgio, da comunidade de Guabirabinha, e Dona Cícera, do distrito de Gameleira. “Nós, que participamos de associações e trabalhamos diretamente com agricultores, sabemos da importância dessa distribuição de sementes pelo governo. Eles ajudam o trabalho de quem não tem condições de comprar as sementes e, assim, os produtores podem implementar a sua agricultura familiar”, disse Sérgio. “É muito importante o governo ajudar, pois essas sementes são a mesma coisa que ouro. Os agricultores ficam muito satisfeitos quando as recebem e com certeza vão ficar felizes quando receberem as próximas”, concluiu Cícera.   [...]