Combate às drogas é um dever de toda a sociedade – Por Mila Aguiar

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Mila Aguiar

ARTIGO

O dia 26 de junho marca a data escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o Dia Internacional de Combate às Drogas. O uso de drogas representa uma grande social em todo mundo. Segundo dados do Relatório Mundial sobre Drogas da ONU, temos uma média de 243 milhões de pessoas usando drogas ilícitas, numa faixa etária de 15 a 64 anos, o que representa em média 5% da população mundial.

O tratamento de um paciente que faz uso abusivo de drogas é bastante complexo, pois há demandas que vão além da questão saúde. Na maioria dos casos, eles estão num contexto de vulnerabilidade social, necessidades que estão muito além da questão das drogas. É necessário colocar as drogas como algo a secundário e colocar o indivíduo como centro do atendimento.

Umas das mudanças fundamentais na nova Política Nacional sobre Álcool e Drogas (PNAD), lançada em abril de 2019, foi a redefinição e inclusão de serviços e dispositivos de saúde que passaram a integrar a chamada Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Dentre eles estão as Comunidades Terapêuticas (CTs), destinadas a tratar usuários de substâncias lícitas e ilícitas. Devemos nesses momento deixar claro que, a criação das Comunidades Terapêuticas não representam um retorno aos manicômios, lugares de reclusão, que afastam os pacientes de seus familiares ou ainda que são propostas higienistas. Esse é um debate que deve ser combatido com muita informação sobre o tema.

Pessoas que precisem de tratamento devido ao abuso de álcool e outras drogas, podem ter o apoio das Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS AD 24 horas). Janoatão é um dos municípios que apresentam esse serviço. O atendimento conta com equipes multiprofissionais compostas por médico psiquiatra, clínico geral, psicólogos, dentre outros.

Esse é um serviço específico para o cuidado, atenção integral e continuada às pessoas com necessidade em razão do uso de álcool, crack e outras drogas. São espaços que oferecem atendimentos diversos à população, a partir de atendimento cínico e a reinserção social dos usuários pela via do acesso ao lazer, exercícios dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

O combate às drogas é de responsabilidade de toda a sociedade. Nesse cenário, as comunidades terapêuticas vem contribuindo no acolhimento de dependentes químicos, devolvendo-os à sociedade e livres da dependência.

Entendo que a conscientização dos nossos jovens deve começar no ambiente escolar. Neste aspecto, a educação tem um papel preponderante porque ela é o princípio na formação da cidadania, do ser humano em todas o seu contexto.

A educação é a mola mestra de toda a engrenagem da vida. Por isso defendo palestras nas escolas sobre o tema e uma formação docente de toda rede pública municipal. O apoio à família dos dependentes e à saúde da população deve ser encarada como pauta prioritária para toda a classe política pois que deve criar leis em prol da qualidade de vida da população.

Mila Aguiar – Coordenadora do Saravida

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