A música “Geração Coca-cola” escrita e cantada por Renato Russo em 1984, previa mudanças na sociedade, dita em sua última estrofe: “Não é assim que tem que ser, vamos fazer nosso dever de casa e aí então vocês vão ver, suas crianças derrubando reis, fazer comedi com suas leis”; seria a geração Z(contemporânea), agente principal dessa mudança ?! Qual era a visão que o governo tinha sobre a Juventude em 1984 ? E qual a que tem hoje? O que é política para os jovens? Os jovens estão cada vez mais participativos no meio político? Houve evolução nas Políticas Públicas para a Juventude ao decorrer do tempo? Antes de tudo, podemos analisar as várias concepções que o governo e sociedade tinham sobre esse público, que integram questões de estudos, e foram engrandecendo durante a história. Esses estudos contam com a Psicologia, Sociologia, Democracia e Direito, para tratar e formar conceitos sobre o que é Juventude. Em 1984, a sociedade e o governo acreditavam na apatia do jovem socializado com cultura de consumismo, resultado do sistema capitalista servidos de enlatados, como exemplo a Coca-cola, onde mostra ironicamente Renato Russo em sua canção. Na verdade, a juventude não era compreendida como um segmento específico pelas atuações governamentais, só a partir da década de 1990, que suas questões ganham nitidez. Em Julho de 1990 houve a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que introduziu uma nova perceptibilidade sobre as crianças e adolescentes brasileiros, que passaram a ter prioridade absoluta no que concerne aos seus direitos como cidadãos. O ECA promove uma ampliação da gestão para a participação na sociedade civil, através dos Conselhos de Direitos e Conselhos Tutelares. Além da busca por articulação e integração entre os setores e as políticas. Essas questões foram expandindo ao longo do tempo, de acordo com que as visões conceituais de Juventude eram formadas e como a sociedade evoluía, assim os jovens começaram a ser vistos como alvo de políticas sociais. Hoje a percepção da juventude em termos é levada de diferentes maneiras: fase de transição, como problema, como solução e como sujeitos de direitos. Existem atualmente 51,3 milhões de brasileiros jovens, aponta o Censo IBGE, esse numeroso grupo se encontra em uma fase da vida com uma coleção de características próprias e que devem ser consideradas. Condições como educação, trabalho, cultura, ciência e tecnologia, comportamento, esportes, lazer, participação política, saúde, violência, sexualidade, drogas e religiosidade, devem ser assimilados, a partir de uma perspectiva juvenil e transformadas em políticas públicas específicas garantindo assim direitos para a juventude. No presente, é de grande valia que qualquer projeto que propõe o desenvolvimento econômico e social no nosso país, deve ter a juventude como um campo estratégico, pela grande contribuição que esse segmento pode dar para o presente e também para futuro. Principalmente no atual exercício social em que o conhecimento e as novas tecnologias vêm crescendo em importância. Isto é, muito mais que distinguir o jovem como um problema, é compreendê-lo como resposta. Hoje o Brasil carrega um título péssimo para um país em desenvolvimento, é a quarta nação mais corrupta do mundo, segundo o índice de corrupção do Fórum Econômico Mundial. E é sobre esse título, que alguns jovens se dizem não compactuar com política, ter certo repúdio pelo tema e até tratá-lo como sinônimo de corrupção e impunidade. Por outro lado, grande parte da juventude brasileira teve presença marcante nos grandes acontecimentos políticos do país. Esta afirmação pode ser provada pelas grandes manifestações e protestos que ocorreram no país nos últimos anos, que percorreu toda mídia nacional e internacional onde grande parte eram jovens. E ainda falando em números, referenciais estatísticos extraídos da pesquisa nacional de opinião pública divulgada pelo Projeto Juventude, onde a pesquisa chegou as seguintes conclusões: 85% dos jovens acham a política importante, 59% acham que o melhor para os problemas do Brasil é a participação popular nas decisões. A geração Z é moderna e toda equipada, com tecnologias na ponta dos dedos. A internet é o meio de comunicação que ajuda a definir parte de pensamentos críticos sobre vários temas, ela promove grandes mudanças sociais e essa geração têm sido o principal agente de mudança, isto é, da sua capacidade de influenciar pessoas por meio de suas ações na web. Assim de fato pode-se acima afirmar que a música de Renato Russo, Geração Coca-Cola cantada em 1984, é a geração contemporânea, onde as "crianças" hoje têm poder de "derrubar reis". Então, tracejar um balanço das políticas públicas destinadas aos jovens, torna-se particularmente oportuno atualmente, o período do governo do presidente Lula (2003-2010), principalmente, um período em que foi notória a preocupação que o Governo Federal tinha por esse tema. Segundo levantamento do próprio governo, existem mais de 30 ações específicas e 143 não específicas voltadas à juventude. Dentre elas o Programa Segundo Tempo, Primeiro Emprego e Nossa Primeira Terra. Sem falar na proposta de reserva de vagas nas Universidades Federais para estudantes oriundos da escola pública, o Ciência Sem Fronteiras que leva estudantes do ensino médio e superior para realizar intercâmbio em outros países e o programa Soldado Cidadão, que amplia o contingente de recrutas nas forças armadas. O ProJovem que teve um novo patamar, o programa foi proposto em caráter emergencial para atender aos jovens que necessitam chegar ao nível médio e também em caráter experimental, por ter como base novos paradigmas e por propor um currículo integrado que articula três grandes áreas, formação geral, qualificação profissional e ação comunitária, assim tendo como assegurar a manutenção do jovem na escola. Assim, a Política Nacional de Juventude no governo Lula foi um fato inédito para o país, pois desenvolveu-se muito além de uma simples adição de programas. Portanto, a medida que a sociedade evolui e ocorrem mudanças de governos, deve ser tomadas ações que integrem precisamente esse público para que orientações que possam contribuir para o nascimento de novas percepções em torno dos direitos de juventude. Entretanto, toda política pública tem atuação limitada atualmente, pois elas se tornam incapazes para solucionar quesitos históricos presente no capitalismo, e que de certa forma promovem a exclusão social dos jovens brasileiros, porém sabemos que as medidas necessárias podem desestruturar e afetar a sociedade brasileira. Camila Barbosa Estudante de Medicina Veterinária pela UFRPE
A música “Geração Coca-cola” escrita e cantada por Renato Russo em 1984, previa mudanças na sociedade, dita em sua última estrofe: “Não é assim que tem que ser, vamos fazer nosso dever de casa e aí então vocês vão ver, suas crianças derrubando reis, fazer comedi com suas leis”; seria a geração Z(contemporânea), agente principal dessa mudança ?!
Qual era a visão que o governo tinha sobre a Juventude em 1984 ? E qual a que tem hoje? O que é política para os jovens? Os jovens estão cada vez mais participativos no meio político? Houve evolução nas Políticas Públicas para a Juventude ao decorrer do tempo?
Antes de tudo, podemos analisar as várias concepções que o governo e sociedade tinham sobre esse público, que integram questões de estudos, e foram engrandecendo durante a história. Esses estudos contam com a Psicologia, Sociologia, Democracia e Direito, para tratar e formar conceitos sobre o que é Juventude.
Em 1984, a sociedade e o governo acreditavam na apatia do jovem socializado com cultura de consumismo, resultado do sistema capitalista servidos de enlatados, como exemplo a Coca-cola, onde mostra ironicamente Renato Russo em sua canção.
Na verdade, a juventude não era compreendida como um segmento específico pelas atuações governamentais, só a partir da década de 1990, que suas questões ganham nitidez. Em Julho de 1990 houve a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que introduziu uma nova perceptibilidade sobre as crianças e adolescentes brasileiros, que passaram a ter prioridade absoluta no que concerne aos seus direitos como cidadãos. O ECA promove uma ampliação da gestão para a participação na sociedade civil, através dos Conselhos de Direitos e Conselhos Tutelares. Além da busca por articulação e integração entre os setores e as políticas.
Essas questões foram expandindo ao longo do tempo, de acordo com que as visões conceituais de Juventude eram formadas e como a sociedade evoluía, assim os jovens começaram a ser vistos como alvo de políticas sociais.
Hoje a percepção da juventude em termos é levada de diferentes maneiras: fase de transição, como problema, como solução e como sujeitos de direitos.
Existem atualmente 51,3 milhões de brasileiros jovens, aponta o Censo IBGE, esse numeroso grupo se encontra em uma fase da vida com uma coleção de características próprias e que devem ser consideradas.
Condições como educação, trabalho, cultura, ciência e tecnologia, comportamento, esportes, lazer, participação política, saúde, violência, sexualidade, drogas e religiosidade, devem ser assimilados, a partir de uma perspectiva juvenil e transformadas em políticas públicas específicas garantindo assim direitos para a juventude.
No presente, é de grande valia que qualquer projeto que propõe o desenvolvimento econômico e social no nosso país, deve ter a juventude como um campo estratégico, pela grande contribuição que esse segmento pode dar para o presente e também para futuro. Principalmente no atual exercício social em que o conhecimento e as novas tecnologias vêm crescendo em importância. Isto é, muito mais que distinguir o jovem como um problema, é compreendê-lo como resposta.
Hoje o Brasil carrega um título péssimo para um país em desenvolvimento, é a quarta nação mais corrupta do mundo, segundo o índice de corrupção do Fórum Econômico Mundial. E é sobre esse título, que alguns jovens se dizem não compactuar com política, ter certo repúdio pelo tema e até tratá-lo como sinônimo de corrupção e impunidade. Por outro lado, grande parte da juventude brasileira teve presença marcante nos grandes acontecimentos políticos do país. Esta afirmação pode ser provada pelas grandes manifestações e protestos que ocorreram no país nos últimos anos, que percorreu toda mídia nacional e internacional onde grande parte eram jovens. E ainda falando em números, referenciais estatísticos extraídos da pesquisa nacional de opinião pública divulgada pelo Projeto Juventude, onde a pesquisa chegou as seguintes conclusões: 85% dos jovens acham a política importante, 59% acham que o melhor para os problemas do Brasil é a participação popular nas decisões.
A geração Z é moderna e toda equipada, com tecnologias na ponta dos dedos. A internet é o meio de comunicação que ajuda a definir parte de pensamentos críticos sobre vários temas, ela promove grandes mudanças sociais e essa geração têm sido o principal agente de mudança, isto é, da sua capacidade de influenciar pessoas por meio de suas ações na web. Assim de fato pode-se acima afirmar que a música de Renato Russo, Geração Coca-Cola cantada em 1984, é a geração contemporânea, onde as “crianças” hoje têm poder de “derrubar reis”.
Então, tracejar um balanço das políticas públicas destinadas aos jovens, torna-se particularmente oportuno atualmente, o período do governo do presidente Lula (2003-2010), principalmente, um período em que foi notória a preocupação que o Governo Federal tinha por esse tema. Segundo levantamento do próprio governo, existem mais de 30 ações específicas e 143 não específicas voltadas à juventude. Dentre elas o Programa Segundo Tempo, Primeiro Emprego e Nossa Primeira Terra. Sem falar na proposta de reserva de vagas nas Universidades Federais para estudantes oriundos da escola pública, o Ciência Sem Fronteiras que leva estudantes do ensino médio e superior para realizar intercâmbio em outros países e o programa Soldado Cidadão, que amplia o contingente de recrutas nas forças armadas.
O ProJovem que teve um novo patamar, o programa foi proposto em caráter emergencial para atender aos jovens que necessitam chegar ao nível médio e também em caráter experimental, por ter como base novos paradigmas e por propor um currículo integrado que articula três grandes áreas, formação geral, qualificação profissional e ação comunitária, assim tendo como assegurar a manutenção do jovem na escola.
Assim, a Política Nacional de Juventude no governo Lula foi um fato inédito para o país, pois desenvolveu-se muito além de uma simples adição de programas.
Portanto, a medida que a sociedade evolui e ocorrem mudanças de governos, deve ser tomadas ações que integrem precisamente esse público para que orientações que possam contribuir para o nascimento de novas percepções em torno dos direitos de juventude.
Entretanto, toda política pública tem atuação limitada atualmente, pois elas se tornam incapazes para solucionar quesitos históricos presente no capitalismo, e que de certa forma promovem a exclusão social dos jovens brasileiros, porém sabemos que as medidas necessárias podem desestruturar e afetar a sociedade brasileira.
Camila Barbosa
Estudante de Medicina Veterinária pela UFRPE
COMENTÁRIOS