Pernambuco supera 100 mil casos de Covid-19. Estado contabiliza 6.758 mortes pela doença

Confira também os municípios que registraram novos óbitos pelo novo coronavírus


A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta quarta-feira (05.08), 1.488 novos casos da Covid-19. É importante mais uma vez destacar que o aumento no número de casos no informe de hoje, em comparação ao de ontem, é motivado pelo atraso, e consequente acúmulo de notificações, pelos municípios. Para se ter ideia, entre os confirmados hoje, apenas 84 (5,6%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Todos os outros 1.404 (94,4%) são leves, ou seja, pacientes que não demandaram internamento hospitalar e que já estavam curados, ou na fase final da doença. Agora, Pernambuco totaliza 100.321 casos confirmados, sendo 23.955 graves e 76.366 leves.

Além disso, o boletim registra 77.142 pacientes recuperados da doença, o que representa 76,8% do total de infectados pela Covid-19 em Pernambuco. Destes, 13.222 eram pacientes graves, que necessitaram de internamento hospitalar, e 63.920 eram casos leves.

Os casos graves confirmados da doença estão distribuídos por 183 municípios pernambucanos (tabela 2), além do arquipélago de Fernando de Noronha e da  ocorrência de pacientes e outros Estados e países.

Também foram confirmados laboratorialmente 41 óbitos (sendo 20 do sexo masculino e 21 do sexo feminino). Os novos óbitos confirmados são de pessoas residentes nos municípios de Araripina (1), Bezerros (1), Camaragibe (1), Canhotinho (1), Carnaíba (1), Caruaru (1), Catende (1), Flores (1), Garanhuns (2), Gravatá (1), Jaboatão dos Guararapes (2), Jupi (1), Lagoa Grande (1), Olinda (7), Paulista (2), Pedra (1), Pesqueira (1), Petrolândia (1), Petrolina (1), Poção (1), Recife (6), Ribeirão (1), São Caetano (1), São José do Belmonte (1), Tabira (1), Timbaúba (1) e Tracunhaém (1). Com isso, o Estado totaliza 6.758 mortes pela doença.

As mortes registradas no boletim de hoje ocorreram entre 21 de maio e 04 de agosto. Do total de óbitos, apenas 11 (26,8%) ocorreram nos últimos três dias, sendo 5 mortes registradas no dia de ontem (terça, 04/08), 3 mortes em 03/08 e 3 em 02/08. Os outros 30 óbitos (73,2%) ocorrem entre os dias 21/05 e 1º/08. Os pacientes tinham idades entre 25 e 93 anos, além de uma criança de 5 meses. As faixas etárias são: 0 a 9 (1), 20 a 29 (1) 30 a 39 (2), 40 a 49 (2), 50 a 59 (8), 60 a 69 (10), 70 a 79 (8), 80 anos ou mais (9).

Dos 41 pacientes que vieram a óbito, 34 apresentavam comorbidades confirmadas: diabetes (17), doença cardiovascular (16), hipertensão (14), obesidade (6), doença renal (3), doença hepática (3), doença respiratória (3), AVC (3), Alzheimer (2), câncer (1), tabagismo (1) – um paciente pode ter mais de uma comorbidade. Os demais estão em investigação.

Com relação à testagem dos profissionais de saúde com sintomas de gripe, em Pernambuco, até agora, 19.363 casos foram confirmados e 26.855 descartados. O Boletim de hoje também traz, em sua parte final, o detalhamento das testagens destes profissionais. Até ontem (04.08), do total de profissionais de saúde que contraíram a doença (19.277), 94,1% já estão curados. As testagens entre os trabalhadores do setor abrangem os profissionais de todas as unidades de saúde, sejam da rede pública (estadual e municipal) ou privada. O Governo de Pernambuco foi o primeiro do país a criar um protocolo para testar e afastar os profissionais da área da saúde com sintomas gripais.

VIGILÂNCIA SANITÁRIA –Da produção de uma pasta de dente à medicina nuclear. Da fiscalização de bares e restaurantes à validação de equipamentos para utilização nas UTIs. Essas produções e atividades precisam da atuação da Vigilância Sanitária para garantir a segurança e a promoção à saúde da população. Em tempos de pandemia, os profissionais da área, que comemora seu dia nacional nesta quarta (05.08), foram indispensáveis para a organização da rede de saúde e para os trabalhos educativos e de fiscalização junto aos mais diversos serviços, sempre objetivando evitar adoecimentos e, consequentemente, mortes pelo novo coronavírus.

“Os técnicos de vigilância sanitária estão envolvidos nas mais variadas ações do nosso dia a dia e, com o advento da pandemia, as atribuições tiveram convergência para o enfrentamento à Covid-19. Todos os leitos voltados à doença recebem a nossa avaliação e liberação para funcionamento, assim como o maquinário necessário para a oferta de uma assistência integral e os equipamentos de proteção individual para a segurança dos profissionais de saúde e dos pacientes. Estamos vivenciando um período de trabalho árduo, mas sabendo da importância do nosso trabalho para benefício da população pernambucana”, afirma o gerente geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Josemaryson Bezerra.

Para qualificar o trabalho da Apevisa durante a pandemia, o Governo de Pernambuco convocou 37 profissionais aprovados em concurso público, que foram lotados em todas as quatro macrorregionais do Estado, do Litoral ao Sertão. “Nossas equipes atuam em conjunto com as vigilâncias municipais, que estão presentes em todas as cidades pernambucanas e também foram indispensáveis para proteger o público no seu território, por meio da construção das barreiras sanitárias e todas as atividades educativas e de fiscalização”, frisa Bezerra, lembrando que todas as Vigilâncias Sanitárias (Visas) estão ligadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que também teve papel importante para auxiliar nas importações e nas especificações de insumos para o momento.

O gerente também ratifica que, desde o início da pandemia, Pernambuco tem atuado com determinação para enfrentar a doença. Entre as primeiras medidas implementadas, a elaboração de portaria para liberar empresas para a produção de álcool gel, em um período que houve uma grande escassez do produto. Prova disso é a produção, desde abril, do insumo em larga escala pelo Laboratório Farmacêutico de Pernambuco (Lafepe), beneficiando toda a rede pública estadual.

A Apevisa também auxiliou nos trabalhos durante o isolamento mais rígido em alguns municípios da Região Metropolitana do Recife e do Agreste. “Além da fiscalização, atuamos em trabalhos educativos junto à população para orientá-la e reforçar a importância de evitar aglomerações e respeitar todas as medidas de higiene e segurança necessárias para passamos por esse problema de saúde pública que atingiu todo o mundo”, finaliza.

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