Prazo curto para registro de partido é interrogação para candidatos bolsonaristas – Por Marcelo Velez

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Apesar de não ter sido majoritário em Pernambuco, o presidente Jair Bolsonaro teve, em 2018, um desempenho bastante invejável em certas cidades do estado, especialmente nas maiores delas no primeiro turno. Isso fez com que diversos apoiadores postulassem a benção presidencial na tentativa de herdarem a pujança do capital político bolsonarista. Alguns deles argumentam que a possível retomada da economia impulsionaria as candidaturas de direita, inclusive em cidades governadas há muito tempo pelo mesmo grupo político. Por exemplo, na capital recifense, o descontentamento com a imagem do governador e os oito anos de mandato do PSB à frente da prefeitura, somados ao bate-cabeça da oposição deixariam uma avenida aberta para candidaturas mais alinhadas ao moralismo, à quebra de oligarquias e à renovação. Entretanto, um deputado em reserva argumenta que muitos esquecem de combinar com os russos. No segundo turno, somente em Santa Cruz do Capibaribe o então presidenciável foi majoritário. Além disso, as declarações polêmicas de Bolsonaro somadas às denúncias envolvendo a própria família atrapalham a aprovação de candidatos apoiados por ele em cidades nordestinas. Na prática, a garantia de estar no segundo turno só ocorreria se o apoio do presidente fosse totalmente transferido ao seu candidato a prefeito, fenômeno difícil de se concretizar. Um outro problema assombra os tais pré-candidatos bolsonaristas: a possibilidade de não obter registro do partido Aliança Pelo Brasil até 4 de abril de 2020, prazo limite para a filiação dos pretensos candidatos. Caso não seja possível cumprir todos os trâmites legais de registro, eles seriam obrigados a disputar por partidos diversos e correrem o risco de ficarem de fora da disputa em virtude de acordos regionais. Um possível ancoradouro dos candidatos de direita seria o MDB, liderado em Pernambuco pelos senadores Jarbas Vasconcelos e Fernando Bezerra Coelho, este último líder do governo federal no Senado.

Movimentando – Esta semana, o deputado estadual Romero Sales Filho (PTB) realmente gastou sola de sapato. Esteve em Jaboatão, onde fechou parceria com o ex-vereador Jorge Junior, e no seu reduto, Ipojuca, marcou presença em uma confraternização que reuniu mais de 3.500 pessoas entre amigos e aliados políticos.

Movimentando 2 – Por falar em Jaboatão, que também circulou pela cidade foi o ex-deputado federal João Fernando Coutinho (PROS), no intuito de dar apoio à organização do partido naquele município. Desde o início do ano, Coutinho vem estruturando a legenda nas mais diversas regiões do estado.

Decisão – Para as eleições municipais de 2020 em Caruaru, os palacianos possuem três aliados como pré-candidatos: José Queiroz (PDT), Delegado Lessa (PP) e Tony Gel (MDB). Provavelmente, o PSB não deve lançar candidato majoritário, mas a sigla precisa estar no palanque de alguém. Quem será?

Carpina – Após o ato político de Joaquim Lapa (PTB) em Carpina reunindo os deputados Gustavo Gouveia (DEM) e Ricardo Teobaldo (PODE), além de diversas lideranças e apoiadores, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes (PSB), declarou que o PSB fica com o prefeito Botafogo (PDT).

Lançamento – Em Serra Talhada, Márcia Conrado foi oficialmente declarada pré-candidata do governo municipal à sucessão do prefeito Luciano Duque. Marcia é secretária de saúde de Serra Talhada.

Escrito por Marcelo Velez

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