Prefeitura do Recife avança com as obras de recuperação dos quiosques da orla

O investimento é de R$ 8,6 milhões na construção dos novos espaços no calçadão do Pina e de Boa Viagem. Prefeito em exercício, Romerinho Jatobá, vistoriou os serviços na manhã desta quinta-feira (14)

Romerinho Jatobá Orla de Boa Viagem
Recifenses e visitantes da cidade estão cada vez mais perto de poder contemplar e apreciar as praias com mais conforto e tranquilidade. O prefeito em exercício do Recife, Romerinho Jatobá, visitou, nesta quinta-feira (14), alguns pontos da Orla de Boa Viagem e do Pina, onde a Prefeitura do Recife, através do Gabinete de Projetos Especiais, iniciou as obras de construção dos novos quiosques do calçadão. Nas intervenções, a Prefeitura do Recife investirá cerca de R$ 8,6 milhões nas novas estruturas, valor 15% menor em relação ao valor de referência.

“Estamos acompanhando as obras da orla de Boa Viagem e do Pina, com a construção dos novos quiosques das nossas praias. São 60 quiosques que serão reformados, com R$ 8,6 milhões investidos, garantindo uma mudança no visual da nossa orla. Aqui os turistas serão beneficiados, mas sobretudo, o povo do Recife e os trabalhadores destes espaços. Então, a gente vai estar acompanhando de perto. Em breve, o prefeito João Campos vai poder anunciar mais investimentos na orla”, declarou o prefeito em exercício durante a visita.

Romerinho Jatobá Orla de Boa Viagem

A orla conta com 60 quiosques e o plano prevê a intervenção em 10 etapas, com obras que deverão durar aproximadamente um ano, com intervenções acontecendo simultaneamente em seis quiosques por vez. Assim, os seis primeiros são os que estão em estado de conservação mais precário, seguindo a direção ao Centro do Recife. O processo de demolição dessas antigas estruturas já foi iniciado ao passo que os locais já estão sendo preparados para a construção dos novos.

Os novos quiosques terão tamanho padrão de 39,8 metros quadrados de área coberta, sendo 12,14 metros quadrados de área interna – maiores que as estruturas atuais. A ideia do projeto é realizar a transição entre o ambiente natural da praia e o construído – calçadão e avenida – mantendo aspectos de segurança, durabilidade, manutenção, funcionalidade e acessibilidade. O sistema de lajes de concreto de alto desempenho vai garantir segurança e durabilidade aos quiosques, além de facilitar a manutenção. A acessibilidade está contemplada no projeto – os equipamentos têm previsão de balcão acessível para atendimento de cadeirantes. O projeto terá forte identidade recifense, com a preservação da herança arquitetônica, da memória urbana e da cultura popular da cidade. A laje plana projetada dialoga com a linha do horizonte da praia.

O concreto pigmentado na cor areia confere originalidade e contemporaneidade ao conjunto dos quiosques, como encontrado no Museu Cais do Sertão em Recife, no Paço das Artes em São Paulo, no Museu Casa Paula Rego em Portugal, ou mesmo, no Museu Iberê Camargo em Porto Alegre com o concreto branco estrutural. O painel de azulejaria de tradição portuguesa e largamente utilizado na arquitetura moderna brasileira e pernambucana – a exemplo dos encontrados no Edifício Acaiaca em Boa Viagem, Edifício Barão de Rio Branco na Boa Vista, do arquiteto Delfim Amorim e nos volumes das cascas de cobertas pré-moldadas de Armando de Holanda no Parque dos Guararapes – foi incorporado ao projeto, com um redesenho das antigas velas e ondas das calçadas da Avenida Boa Viagem, se transformando num momento de resgate da memória urbana do Recife. Os azulejos revestirão os depósitos que irão auxiliar na organização do novo layout interno. Os beirais amplos dos quiosques trarão sombras mais  generosas, dando o conforto ambiental tão necessário nas cidades tropicais.

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