PSDB de Pernambuco – O que há por trás da troca de comando?

PSDB de Pernambuco – O que há por trás da troca de comando?

No ano de 2015 o PSDB estadual realizou a sua Convenção para a escolha do sucessor do deputado federal Bruno Araújo para a presidência da sigla no Estado. Naquela ocasião, a partir da construção de uma unidade interna, as principais lideranças do partido decidiram por aprovar um tipo de revezamento da presidência entre o deputado estadual Antônio Moraes e o então prefeito de Jaboatão, Elias Gomes, num formato em que cada um teria direito a comandar a sigla por dois anos de forma alternada em períodos de um ano. No primeiro momento o partido ficou sob o comando de Antônio Moraes, que por força do acordo deveria passar o comando para Elias Gomes ao completar um ano. No entanto, às vésperas do início das eleições municipais, Moraes pediu que seu mandato fosse estendido por mais um ano sob a desculpa de dar continuidade às preparações do partido para as disputas daquele ano, restando então para Elias o comando da sigla no biênio 2017/2018. Porém, prestes a entrar no 8º mês de 2017 Antônio Moraes não dá mostras de que pretende passar o bastão da presidência para Elias Gomes e cumprir o que foi acordado lá atrás. E ao que parece, esta postura aparenta contar não só com o consentimento do então Ministro das Cidades Bruno Araújo, mas, sobretudo, o seu apoio. O que será então que há por trás de tudo isso? Setores do PSDB estão buscando as mais absurdas desculpas para impedir a entrega do comando do partido a Elias Gomes, uma delas é que o nome do ex-prefeito estaria encontrando “resistência” entre os prefeitos da sigla, o que segundo uma pessoa bastante próxima ao ex-prefeito “não passa de uma grande mentira e mais um subterfúgio utilizado por aqueles que buscam a todo custo descumprir o acordo”. Conforme afirma esta fonte, há uma série de outros fatores que estão por trás desta quebra de acordo, entre eles o fato de Elias demostrar uma postura independente, não subserviente ao Palácio do Campo das Princesas, ao contrário de Moraes que possui ligações históricas com o PSB e é devedor de Paulo Câmara, pois graças à convocação de um deputado estadual para compor o secretariado no início de seu governo em 2015 Moraes conseguir voltar à ALEPE na condição de primeiro suplente embora hoje já seja titular. Ainda segundo esta mesma fonte, outra razão que tem pesado bastante para o não cumprimento do acordo é a possibilidade de Antônio Moraes está apenas reservando o lugar para um possível retorno de Bruno Araújo à presidência estadual da sigla, já que a permanência deste à frente do Ministério das Cidades estaria ameaçada. Indicado pela bancada federal do partido para o Ministério das Cidades, Bruno tem percebido que o seu cargo está por um fio, pois foi incapaz de manter influência sobre os deputados do PSDB, já que a maioria têm se colocado a favor do pedido de investigação do Presidente, inclusive Betinho Gomes, filho de Elias. Por esta razão, o prestígio de Bruno estaria arranhado com Temer. Este, por sua vez, já colocou o pomposo Ministério das Cidades em negociação com outros partidos em busca de votos para evitar o andamento do processo. Prevendo a possibilidade de ter que deixar o Ministério e voltar à planície da Câmara, restaria a Bruno o comando estadual da sigla, o que já lhe seria suficiente para manter a sua influência no cenário político local, garantindo-lhe, portanto, a força necessária para negociar um espaço na chapa majoritária de Paulo Câmara ou de um dos candidatos a governador da oposição. Ao Blog, a fonte ainda afirmou que na hipótese da cúpula do PSDB tomar uma decisão que não seja a de condução de Elias à presidência, dificilmente o ex-prefeito e seu grupo permanecerão na sigla. “Isto seria o fim de qualquer possibilidade de relação política”, afirma. Com passagens pelo comando das prefeituras do Cabo e Jaboatão dos Guararapes, Elias possui uma liderança política que não pode ser desprezada, por esta razão já estaria sendo cortejado por vários partidos. Escrito por Wellington Ribeiro

Elias Gomes Bruno Araújo Antônio Moraes

Elias Gomes, Bruno Araújo e Antônio Moraes – O que há por trás da troca de comando do PSDB de Pernambuco

No ano de 2015 o PSDB estadual realizou a sua Convenção para a escolha do sucessor do deputado federal Bruno Araújo para a presidência da sigla no Estado. Naquela ocasião, a partir da construção de uma unidade interna, as principais lideranças do partido decidiram por aprovar um tipo de revezamento da presidência entre o deputado estadual Antônio Moraes e o então prefeito de Jaboatão, Elias Gomes, num formato em que cada um teria direito a comandar a sigla por dois anos de forma alternada em períodos de um ano.

No primeiro momento o partido ficou sob o comando de Antônio Moraes, que por força do acordo deveria passar o comando para Elias Gomes ao completar um ano. No entanto, às vésperas do início das eleições municipais, Moraes pediu que seu mandato fosse estendido por mais um ano sob a desculpa de dar continuidade às preparações do partido para as disputas daquele ano, restando então para Elias o comando da sigla no biênio 2017/2018.

Porém, prestes a entrar no 8º mês de 2017 Antônio Moraes não dá mostras de que pretende passar o bastão da presidência para Elias Gomes e cumprir o que foi acordado lá atrás. E ao que parece, esta postura aparenta contar não só com o consentimento do então Ministro das Cidades Bruno Araújo, mas, sobretudo, o seu apoio.

O que será então que há por trás de tudo isso?

Setores do PSDB estão buscando as mais absurdas desculpas para impedir a entrega do comando do partido a Elias Gomes, uma delas é que o nome do ex-prefeito estaria encontrando “resistência” entre os prefeitos da sigla, o que segundo uma pessoa bastante próxima ao ex-prefeito “não passa de uma grande mentira e mais um subterfúgio utilizado por aqueles que buscam a todo custo descumprir o acordo”.

Conforme afirma esta fonte, há uma série de outros fatores que estão por trás desta quebra de acordo, entre eles o fato de Elias demostrar uma postura independente, não subserviente ao Palácio do Campo das Princesas, ao contrário de Moraes que possui ligações históricas com o PSB e é devedor de Paulo Câmara, pois graças à convocação de um deputado estadual para compor o secretariado no início de seu governo em 2015 Moraes conseguir voltar à ALEPE na condição de primeiro suplente embora hoje já seja titular.

Ainda segundo esta mesma fonte, outra razão que tem pesado bastante para o não cumprimento do acordo é a possibilidade de Antônio Moraes está apenas reservando o lugar para um possível retorno de Bruno Araújo à presidência estadual da sigla, já que a permanência deste à frente do Ministério das Cidades estaria ameaçada.

Indicado pela bancada federal do partido para o Ministério das Cidades, Bruno tem percebido que o seu cargo está por um fio, pois foi incapaz de manter influência sobre os deputados do PSDB, já que a maioria têm se colocado a favor do pedido de investigação do Presidente, inclusive Betinho Gomes, filho de Elias. Por esta razão, o prestígio de Bruno estaria arranhado com Temer. Este, por sua vez, já colocou o pomposo Ministério das Cidades em negociação com outros partidos em busca de votos para evitar o andamento do processo.

Prevendo a possibilidade de ter que deixar o Ministério e voltar à planície da Câmara, restaria a Bruno o comando estadual da sigla, o que já lhe seria suficiente para manter a sua influência no cenário político local, garantindo-lhe, portanto, a força necessária para negociar um espaço na chapa majoritária de Paulo Câmara ou de um dos candidatos a governador da oposição.

Ao Blog, a fonte ainda afirmou que na hipótese da cúpula do PSDB tomar uma decisão que não seja a de condução de Elias à presidência, dificilmente o ex-prefeito e seu grupo permanecerão na sigla. “Isto seria o fim de qualquer possibilidade de relação política”, afirma.

Com passagens pelo comando das prefeituras do Cabo e Jaboatão dos Guararapes, Elias possui uma liderança política que não pode ser desprezada, por esta razão já estaria sendo cortejado por vários partidos.

Escrito por Wellington Ribeiro

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