Radar Político (06/08) – Marília tem nas mãos a chance de dar o troco na Nacional do PT

Depois de receber um duro golpe arquitetado pelo PT, PSB e PC do B, impedindo desta forma a sua candidatura à governadora, a vereadora recifense Marília Arraes decidiu que concorrerá à Câmara Federal. De acordo com uma fonte do círculo de amizade da petista, a decisão de Marília em optar por uma disputa para deputada federal em detrimento de concorrer à ALEPE tem por objetivo estreitar a relação da petista junto ao núcleo duro do PT em Brasília para pavimentar o seu projeto de comandar o partido em Pernambuco. Segundo esta mesma fonte, este projeto tem como base a expectativa de derrota de Humberto Costa para o Senado, o que tornaria Marília na principal interlocutora do PT pernambucano na capital federal. Outro objetivo da candidatura de Marília para à Câmara Federal estaria relacionado a uma questão de rivalidade de cunho familiar. Seria uma espécie de disputa a ser travada com o seu primo João Campos para mostrar qual dos dois terá mais votos. Ao apostar na possibilidade de estreitar a sua relação com os cardeais do PT Nacional ao concorrer para a Câmara Federal, Marília joga fora a oportunidade de dar uma verdadeira lição naqueles que a golpearam. Ao resistir em concorrer para federal, Marília retaliaria o PT nacional impedindo que eles se favoreçam com o tempo de televisão e fundo eleitoral que a sua eleição garante ao partido. Será muita ingenuidade a petista acreditar que conseguirá superar, ainda que Humberto perca a eleição para o Senado, a interlocução que o então senador petista tem junto às lideranças nacionais do PT. A melhor opção para Marília neste momento seria a de concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco, pois a sua entrada no páreo garantiria não apenas que o PT elegesse uma bancada de 4 a 5 deputados, mas também lhe daria a oportunidade de ficar mais próxima dos pernambucanos, sobretudo dos recifenses, para que concorresse à Prefeitura do Recife com chances reais de vitória em 2020. Acreditar que o PT lhe garantirá legenda para disputar a Prefeitura do Recife em 2020 é muita igenuidade, uma vez que já ficou claro que a ordem da Nacional é que o partido não sirva de outra coisa em Pernambuco que não seja de apêndice do PSB. Porém, ao optar pela a Assembleia Legislativa, Marília teria a chance de construir a sua candidatura mais próxima do povo e decidir lá pra frente o seu destino partidário para poder disputar o Palácio do Capibaribe, sede do Governo Municipal do Recife. Depois do que aconteceu em 2018, Marília não pode acreditar que o PT tem em seus planos uma disputa majoritária em que ela seja a protagonista. Prego batido – Os pré-candidatos a deputado estadual e federal do PT fecharam questão em torno de não se coligar na proporcional com nenhum outro partido. O objetivo da decisão é garantir que o partido não sirva de calda para outras legendas. Reforço 1 – O candidato a deputado estadual Romero Sales Filho (PTB) fechou uma importante dobradinha com o candidato a deputado federal Davi Muniz (Patriotas) nos municípios de Recife e Jaboatão, os dois principais colégios eleitorais do Estado. A parceria com Davi deve garantir a Romero Filho um acréscimo de em torno 15 mil votos, garantindo-lhe competitividade na disputa por uma vaga na ALEPE. Reforço 2 - O deputado estadual Everaldo Cabral (PP) garantiu em São Lourenço da Mata um importante apoio para a sua reeleição. Lá ele será votado pelo vice-prefeito Dr. Gabriel Neto, que também fechou apoio ao deputado federal Tadeu Alencar. Reforço 3 – Detentor de grande liderança e prestígio no município de Belo Jardim, o ex-prefeito João Mendonça, deve garantir uma boa votação aos seus candidatos Aluísio Lessa (estadual) e João Campos (federal) na “Terra dos Músicos e do Bitury”. João Mendonça é uma figura querida pelos Belo-jardinenses. Bombardeio - Desde que foi oficializada a retirada de Marília Arraes da disputa para o Governo do Estado o senador Humberto Costa (PT) não teve paz nas suas redes sociais. Os perfis do parlamentar são alvo de um verdadeiro bombardeio de mensagens com duras críticas ao seu posicionamento em prol da aliança com o PSB. Não dá para calcular a quantidade de vezes em que ele é chamado de “golpista”. Vai sobrar alguém – Sem o amparo da candidatura de Marília Arraes para governadora e os candidatos proporcionais do PT, o PROS, PDT e AVANTE tem pela  frente o conseguir votos o suficiente para garantir a reeleição dos deputados federais Adalberto Cavalcanti, João Fernando Coutinho e Wolney Queiroz. Conseguir reunir votos o suficiente para conquistar três vagas na Câmara Federal é uma missão impossível para o bloco. Do grupo o que apresenta uma situação mais confortável é João Fernando (PROS). Suplente 1 – O candidato a senador Jarbas Vasconcelos (MDB) bateu o pé e não aceitou interferência externa na indicação do seu primeiro suplente. O nome escolhido por ele foi o de Fernando Dueire, ex- secretário de várias pastas na época que ele foi governador. Já a segunda suplência ficou com o deputado estadual Nilton Mota (PSB). A escolha de Jarbas acabou por criar um grande atrito com Eduardo da Fonte, que tinha interesse em emplacar um nome do partido para o posto. Por conta disto Da Fonte decidiu que o PP não votará em Jarbas para o Senado. Suplente 2 - Por sua vez o senador Humberto Costa acabou abrindo a sua primeira suplência para Waldemar Oliveira, irmão do deputado federal Sebastião Oliveira. Acredita-se que Humberto escolheu o irmão de Sebastião não apenas para garantir o empenho das lideranças que o PR tem no estado em sua campanha, mas também para fazer um contraponto ao prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), principal entusiasta da candidatura de Marília. Devido ao apoio de Humberto ao PSB Duque promete trabalhar duro para que o senador petista receba uma derrota fragorosa no maior colégio eleitoral do sertão do Pajeú. Caravanas 1 – Na Convenção de Armando Monteiro os candidatos que apresentaram as maiores caravanas no evento foram André Ferreira/Manoel Ferreira, Romero Filho, Miguel Ricardo, José Humberto, Ossesio Silva/Willian Brígido, Marco Aurélio, Álvaro Porto e Alessandra Vieira. Caravanas 2 – Na Convenção de Paulo Câmara as comitivas que foram destaque foram as de Danilo Cabral, Simone Santana, Clodoaldo Magalhães, Felipe Carreras, João Campos, Aluísio Lessa e Milton Coelho. Pergunta do dia: Quem se consagrará como o deputado federal mais votado nas eleições deste ano? Eduardo da Fonte, João Campos ou Marília Arraes?

Depois de receber um duro golpe arquitetado pelo PT, PSB e PC do B, impedindo desta forma a sua candidatura à governadora, a vereadora recifense Marília Arraes decidiu que concorrerá à Câmara Federal. De acordo com uma fonte do círculo de amizade da petista, a decisão de Marília em optar por uma disputa para deputada federal em detrimento de concorrer à ALEPE tem por objetivo estreitar a relação da petista junto ao núcleo duro do PT em Brasília para pavimentar o seu projeto de comandar o partido em Pernambuco. Segundo esta mesma fonte, este projeto tem como base a expectativa de derrota de Humberto Costa para o Senado, o que tornaria Marília na principal interlocutora do PT pernambucano na capital federal.

Outro objetivo da candidatura de Marília para à Câmara Federal estaria relacionado a uma questão de rivalidade de cunho familiar. Seria uma espécie de disputa a ser travada com o seu primo João Campos para mostrar qual dos dois terá mais votos.

Ao apostar na possibilidade de estreitar a sua relação com os cardeais do PT Nacional ao concorrer para a Câmara Federal, Marília joga fora a oportunidade de dar uma verdadeira lição naqueles que a golpearam. Ao resistir em concorrer para federal, Marília retaliaria o PT nacional impedindo que eles se favoreçam com o tempo de televisão e fundo eleitoral que a sua eleição garante ao partido. Será muita ingenuidade a petista acreditar que conseguirá superar, ainda que Humberto perca a eleição para o Senado, a interlocução que o então senador petista tem junto às lideranças nacionais do PT.

A melhor opção para Marília neste momento seria a de concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco, pois a sua entrada no páreo garantiria não apenas que o PT elegesse uma bancada de 4 a 5 deputados, mas também lhe daria a oportunidade de ficar mais próxima dos pernambucanos, sobretudo dos recifenses, para que concorresse à Prefeitura do Recife com chances reais de vitória em 2020.

Acreditar que o PT lhe garantirá legenda para disputar a Prefeitura do Recife em 2020 é muita igenuidade, uma vez que já ficou claro que a ordem da Nacional é que o partido não sirva de outra coisa em Pernambuco que não seja de apêndice do PSB. Porém, ao optar pela a Assembleia Legislativa, Marília teria a chance de construir a sua candidatura mais próxima do povo e decidir lá pra frente o seu destino partidário para poder disputar o Palácio do Capibaribe, sede do Governo Municipal do Recife.

Depois do que aconteceu em 2018, Marília não pode acreditar que o PT tem em seus planos uma disputa majoritária em que ela seja a protagonista.

Prego batido – Os pré-candidatos a deputado estadual e federal do PT fecharam questão em torno de não se coligar na proporcional com nenhum outro partido. O objetivo da decisão é garantir que o partido não sirva de calda para outras legendas.

Reforço 1 – O candidato a deputado estadual Romero Sales Filho (PTB) fechou uma importante dobradinha com o candidato a deputado federal Davi Muniz (Patriotas) nos municípios de Recife e Jaboatão, os dois principais colégios eleitorais do Estado. A parceria com Davi deve garantir a Romero Filho um acréscimo de em torno 15 mil votos, garantindo-lhe competitividade na disputa por uma vaga na ALEPE.

Reforço 2 – O deputado estadual Everaldo Cabral (PP) garantiu em São Lourenço da Mata um importante apoio para a sua reeleição. Lá ele será votado pelo vice-prefeito Dr. Gabriel Neto, que também fechou apoio ao deputado federal Tadeu Alencar.

Reforço 3 – Detentor de grande liderança e prestígio no município de Belo Jardim, o ex-prefeito João Mendonça, deve garantir uma boa votação aos seus candidatos Aluísio Lessa (estadual) e João Campos (federal) na “Terra dos Músicos e do Bitury”. João Mendonça é uma figura querida pelos Belo-jardinenses.

Bombardeio – Desde que foi oficializada a retirada de Marília Arraes da disputa para o Governo do Estado o senador Humberto Costa (PT) não teve paz nas suas redes sociais. Os perfis do parlamentar são alvo de um verdadeiro bombardeio de mensagens com duras críticas ao seu posicionamento em prol da aliança com o PSB. Não dá para calcular a quantidade de vezes em que ele é chamado de “golpista”.

Vai sobrar alguém – Sem o amparo da candidatura de Marília Arraes para governadora e os candidatos proporcionais do PT, o PROS, PDT e AVANTE tem pela  frente o conseguir votos o suficiente para garantir a reeleição dos deputados federais Adalberto Cavalcanti, João Fernando Coutinho e Wolney Queiroz. Conseguir reunir votos o suficiente para conquistar três vagas na Câmara Federal é uma missão impossível para o bloco. Do grupo o que apresenta uma situação mais confortável é João Fernando (PROS).

Suplente 1 – O candidato a senador Jarbas Vasconcelos (MDB) bateu o pé e não aceitou interferência externa na indicação do seu primeiro suplente. O nome escolhido por ele foi o de Fernando Dueire, ex- secretário de várias pastas na época que ele foi governador. Já a segunda suplência ficou com o deputado estadual Nilton Mota (PSB). A escolha de Jarbas acabou por criar um grande atrito com Eduardo da Fonte, que tinha interesse em emplacar um nome do partido para o posto. Por conta disto Da Fonte decidiu que o PP não votará em Jarbas para o Senado.

Suplente 2 – Por sua vez o senador Humberto Costa acabou abrindo a sua primeira suplência para Waldemar Oliveira, irmão do deputado federal Sebastião Oliveira. Acredita-se que Humberto escolheu o irmão de Sebastião não apenas para garantir o empenho das lideranças que o PR tem no estado em sua campanha, mas também para fazer um contraponto ao prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), principal entusiasta da candidatura de Marília. Devido ao apoio de Humberto ao PSB Duque promete trabalhar duro para que o senador petista receba uma derrota fragorosa no maior colégio eleitoral do sertão do Pajeú.

Caravanas 1 – Na Convenção de Armando Monteiro os candidatos que apresentaram as maiores caravanas no evento foram André Ferreira/Manoel Ferreira, Romero Filho, Miguel Ricardo, José Humberto, Ossesio Silva/Willian Brígido, Marco Aurélio, Álvaro Porto e Alessandra Vieira.

Caravanas 2 – Na Convenção de Paulo Câmara as comitivas que foram destaque foram as de Danilo Cabral, Simone Santana, Clodoaldo Magalhães, Felipe Carreras, João Campos, Aluísio Lessa e Milton Coelho.

Pergunta do dia: Quem se consagrará como o deputado federal mais votado nas eleições deste ano? Eduardo da Fonte, João Campos ou Marília Arraes?

Escrito por Wellington Ribeiro – E-mail: [email protected]

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