RADAR POLÍTICO (09/08) – Câmara Federal está entre Distritão e volta das coligações

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ESCRITO POR WELLINGTON RIBEIRO

A Reforma Eleitoral segue no forno na Câmara Federal. Por lá cresce o número de apoiadores do “Distritão”, modalidade que garante a eleição dos mais votados e que desconsidera os votos na legenda. Por sua vez, também não faltam os que defendem o retorno das coligações, modelo em que partidos poderiam somar votos com alianças na proporcional. Isso abrange votos nominais e na legenda. A discussão pela mudança se dar porque no atual sistema de disputa, que impede alianças na proporcional e que já foi testado nas eleições municipais de 2020, a grande maioria dos deputados têm encontrado imensa dificuldade de formar chapas. Em alguns casos, atuais presidentes de partidos teriam que optar por mudar de sigla caso queiram disputar com alguma competitividade para salvar os mandatos.

Retornando as coligações, nada mudaria em relação a forma de disputa que ocorreu na eleição de 2018. Por sua vez, adotando-se o distritão, o enxugamento drástico de candidaturas é um caminho natural, pois a maioria dos partidos concentrariam energia apenas em candidaturas com razoável competitividade para ficar entre os 25 mais votados para federal e os 49 para estadual.

Caso o distritão estivesse vigente em 2018 a atual configuração de deputados federais em Pernambuco seria diferente. João Fernando Coutinho e Kaio Maniçoba, com 63.939 e 61.287 votos respectivamente, teriam sido eleitos, já Tadeu Alencar e Fernando Rodolfo, que ficaram entre pouco mais de 53 mil e 52 mil votos, seriam suplentes.

Na ALEPE Socorro Pimentel, Juliana Chaparral, Miguel Ricardo, Marcantonio Dourado, José Humberto e Augusto César estariam no lugar de Romário Dias, Wanderson Florêncio, João Paulo Costa, Aluísio Lessa, Ducicleide Amorim e Fabrizio Ferraz.

ALTA TENSÃONão anda nada bem o clima entre o deputado federal Felipe Carreras (PSB) e o deputado estadual Clodoaldo Magalhães (PSB). Carreras estaria possesso porque perdeu algumas promessas de apoios para Clodoaldo que como candidato à Câmara Federal tem apresentado uma força gravitacional surpreendente em relação a prefeitos, e, sobretudo, deputados estaduais interessados em dobradinhas.

NO AGUARDOEm Floresta quase todos os palanques já estão definidos. De um lado o deputado Fabrizio Ferraz manterá a parceria com o deputado federal Sebastião Oliveira, do outro o pré-candidato Kaio Maniçoba vai de Eduardo da Fonte. A única dúvida diz respeito ao secretário de Turismo e deputado estadual licenciado Rodrigo Novaes que ainda não teria definido com quem dobrará na sua principal base eleitoral. O Palácio é quem deve indicar o nome.

BELO JARDIM – Apesar dos rumores de que poderia lançar o filho Pedro Mendonça para deputado estadual, o ex-prefeito de Belo Jardim, João Mendonça, está fechado com Aluísio Lessa (PSB). Em relação ao federal, João ainda não definiu com quem caminhará.

BELO JARDIM 2 – Candidato a federal, Mendonça Filho ainda não fechou questão com qual estadual realizará dobradinha na “Terra de Músicos e do Bitury”. Ele ainda estaria a procura de um estadual para trocar os votos em outro município.

BELO JARDIM 3Aos poucos a ex-prefeita de São Bento do Una e pré-candidata a deputada estadual Débora Almeida anda montando um grupo no município. Não será novidade alguma se Débora obter uma expressiva votação por lá.

FILIAÇÃO – Uma das alternativas da oposição para concorrer ao Governo do Estado em 2022, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), estará nesta terça (10/08) no município de Catende, na Mata Sul, para abonar a ficha de filiação da prefeita Dona Graça ao PSDB. Aos poucos Raquel tem promovido agendas com vistas a fortalecer o ninho tucano.

ALGUÉM SABE RESPONDER? – Além do suplente de senador Fernando Dueire, quem é a “grande força oculta” que estaria ajudando a pavimentar a pré-candidatura de Jarbas Filho a deputado estadual junto a prefeitos?

Wellington Ribeiro é pós-graduado em Gestão Pública e Legislativa pela UPE – E-mail: [email protected]

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