Radar Político (14/01) – Candidato de Bolsonaro no Recife será alguém de sua cozinha

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Na corrida por viabilizar a criação do Partido Aliança Pelo Brasil até o final do mês de março,  prazo limite para que a sigla possa disputar as eleições municipais deste ano, bolsonaristas têm se mobilizado na coleta de assinaturas. Em Pernambuco a tarefa vem sendo coordenada por Gilson Machado Neto, que será o presidente estadual do partido, e pelo Coronel Meira, outra figura que terá espaço garantido na cúpula da sigla no estado. Em comum entre eles dois o fato de que ambos são apontados como os prováveis representantes do Aliança na disputa pela prefeitura do Recife.

Antes da saída de Bolsonaro do PSL e de sua briga com o deputado Luciano Bivar, todas as conjunturas políticas apontavam que Bivar iria liderar o processo de escolha do candidato a prefeito do Recife que seria o representante do bolsonarismo na eleição, inclusive especulações apontavam que ele poderia ser o candidato, no entanto, agora com o afastamento de Bolsonaro do PSL, essa missão ficou nas mãos de Gilson Machado Neto.

Terceiro municipio mais populoso do Nordeste, perdendo apenas para Salvador e Fortaleza, Recife é uma cidade estratégica para os planos do Aliança Pelo Brasil na região. Por esta razão, caso consiga coletar e validar as 492 mil assinaturas, Bolsonaro tem a capital pernambucana como prioridade para a sigla e fará o que for possível para fortalecer o palanque do seu candidato. Embora existam especulações sobre a possibilidade deste nome ser o da Delegada Patrícia Domingos, figura que reune predicados que a credenciam para encarar a eleição com competitividade,a experiência vivida por Bolsonaro no PSL, quando viu pessoas se elegerem a seu reboque mas que na primeira oportunidade se mostraram insubordinadas, dificilmente o leva a escolher alguém de fora de sua cozinha para protagonizar a missão, por isto as bolsas de apostas giram em torno de Gilson Machado Neto e Coronel Meira, pessoas de sua inteira confiança.

NADA A PERDER – Tanto Gilson quanto Coronel Meira não teriam o que perder entrando na disputa pela Prefeitura do Recife. Muito pelo contrário. Quem for o candidato a prefeito do Recife pelo Aliança, ainda que perca a eleição, tem amplas chances de emplacar uma cadeira na Câmara Federal em 2022 com a bandeira de legítimo herdeiro do bolsonarismo no estado. Basta ver o que aconteceu com Luciano Bivar que saiu de 24.840 votos em 2014 para impressionantes 117.943 votos nas eleições de 2018 tudo porque o seu nome estava atrelado ao então presidenciável Jair Bolsonaro.

CLÁSSICO – A vereadora e pré-candidata a prefeita de Cortês, Fátima Borba (MDB) aposta na divisão formada entre o atual prefeito Reginaldo Morais (PSB) e o ex-prefeito Geninho para vencer a disputa. Para uma fonte que conhece bem a política de Cortês a situação de afastamento entre Reginaldo e Geninho é irreversível, porém a fonte pondera que isso não coloca Fátima Borba em vantagem. A eleição por lá vai deve ser um verdadeiro clássico entre os três grupos.

CLÁSSICO 2 – Outro município onde haverá um clássico na eleição é Jataúba. Por lá três grupos se digladiarão para conquistar a prefeitura, no entanto a disputa deve polarizar entre a turma comandada pelo prefeito Antônio de Roque (MDB) e o empresário Boy (Republicanos). Já o eterno candidato Mamão viu a sua liderança política minguar na eleição de 2018 quando os seus candidatos a deputados não obtiveram um bom resultado por lá. Para não correr o risco de passar vergonha nas urnas o melhor caminho para Mamão é se unir a um dos lados.

CADA UM PRO SEU LADO – Dos 184 municípios pernambucano ao menos em 16 deles os vice-prefeitos estão rompido com o prefeito. São eles: Raimundo Pimentel e Bringel Filho (Araripina), Lula Cabral e Keko do Armazém (Cabo), Bruno Pereira e Gabriel Neto (São Lourenço da Mata), Armando Duarte e Severino Gordo (Caetés), Xisto Freitas e Ivaneide Arruda (Aliança), Altair Júnior e Agenaldo Lessa (Palmares), Marcello Maranhão e Karol Paiva (Ribeirão), Reginaldo Morais e Eduardo Farias (Cortês), Tato e George (Itamaracá), Mariana Medeiros e Nadjane Peixoto (Cumaru), Aglailson Júnior e Dr. Saulo ( Vitória de Santo Antão), Sérgio Hacker e Mundinho (Tamandaré), Tânia Maria e Manuel da Carne (Brejinho), Joãozinho e Marcelo Mota (Limoeiro), Everton Costa e Jaécio Sá (Trindade) e Felipe Porto e Erivaldo Santos (Canhotinho).

INCERTEZA – Independente da circustância em que se deu o racha, uma coisa é certa em relação aos cenários locais nesses municípios: O rompimento entre prefeito e vice abrirá a oportunidade para que novas conjunturas políticas sejam experimentadas. Em alguns casos o rompimento com o vice pode gerar lucro político para o prefeito, já em outros isso pode acarretar em um prejuízo eleitoral significativo com o fortalecimento da oposição.

INVESTIMENTOS – O município de Petrolina deve inaugurar quatro novas creches em abril. Juntas elas irão acomodar 850 crianças. Os recursos para a construção dos equipamentos públicos é resultado de uma parceria entre a prefeitura e o Governo Federal. O poder de articulação da família Coelho junto ao Palácio do Planalto, unido a capacidade de trabalho de Miguel, tem garantido a Petrolina um volume significativo de recursos e tornado o município em um verdadeiro canteiro de obras.

EM ALTA – Pré-candidato a vereador de Jaboatão, Edclecio Bocão desponta com grandes chance de emplacar um mandato. Ele, que faz oposição ao prefeito Anderson Ferreira, tem como principal reduto o bairro de Prazeres. É um dos nomes com potencial de contribuir para a renovação da Câmara de Vereadores.

FAMÍLIA MAIS QUE RACHADA– Pré-candidato a prefeito do Cabo de Santo Agostinho, o ex-prefeito Elias Gomes tem um abacaxi para descascar. Ambos os filhos, Betinho Gomes e Elias Filho, são pré-candidatos a vereador. Não bastasse essa divisão, Elias Filho vai disputar a eleição pelo palanque do prefeito Lula Cabral, principal adversário e desafeto de Elias Gomes.

SEGUINDO OS PASSOS – O deputado estadual Guilherme Uchôa Júnior (PSC) segue dando continuidade ao legado do pai Guilherme Uchôa (In memorian). A sua relação com os prefeitos atravessa o âmbito político. É de estreita amizade. Já no meio jurídico, assim como o pai, Júnior também preserva uma relação de grande proximidade.

SE EU PERGUNTAR ALGUÉM RESPONDE?  Quais os partidos que o governador Paulo Câmara irá ampliar o espaço na reforma do secretariado?

Escrito por Wellington Ribeiro – E-mail: [email protected] – Telefone: (81) 99521-6544

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