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As Olimpíadas de Tóquio tem mostrado que o lugar da mulher, definitivamente, é onde ela quiser: seja nas quadras, campos, pistas, piscinas, no mar… E, para as defensoras do verde, amarelo, azul e branco da bandeira do Brasil, quiséramos nós que essa edição do maior evento esportivo do mundo fosse marcado somente por glórias, respeito e igualdade. Mas, uma de nossas ‘meninas’, a pernambucana Bárbara Barbosa, goleira da seleção de futebol, foi alvo de comentário jocoso praticado por um jornalista holandês, que a comparou a uma porca por considerá-la ‘acima do peso’.
“Uma coisa dessas é inaceitável, é um absurdo. Repudiamos completamente qualquer tipo de discriminação dentro e fora do universo do desporto, só pra constar. No parlamento brasileiro, é meu dever trabalhar para que a nossa legislação tenha os avanços necessários e puna manifestações como essa contra as mulheres. Bárbara é minha conterrânea! Nem ela e nenhuma outra mulher merecem ser vítimas de ofensas. Uma coisa assim não pode ser repetida por meio de palavras ou gestos aqui no Brasil”, afirmou o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), presidente da Comissão do Esporte da Câmara, relator do Projeto de Lei 855/2021, que prevê coibir práticas discriminatórias contra a mulher em estádios, clubes, e quaisquer eventos esportivos, e aplicação de multa que varia entre R$ 1,5 mil e R$ 10 mil, no caso de torcedor ou pessoa identificada; e de R$ 15 mil a R$ 80 mil em se tratando de clube, gestor ou responsável.
Nesta terça-feira, 3 de agosto, Carreras teve o relatório – com parecer favorável ao PL de autoria da deputada federal Rosangela Gomes (Republicanos-RJ) -, aprovado no colegiado. Pai de quatro filhas, o parlamentar fez questão de destacar que as mulheres devem poder frequentar os ambientes esportivos com a garantia de que serão respeitadas.
“Aos homens, principalmente, respeitem as nossas mulheres, respeitem as nossas atletas que honram as cores do nosso país. Conquistamos nesse 3 de agosto de 2021 uma vitória nessa luta em defesa dos direitos das brasileiras”, declarou Felipe Carreras, que parabenizou a deputada Rosangela Gomes pela proposta. O federal ainda fez elogios à atuação da deputada estadual pernambucana Gleide Ângelo, também do PSB, que encaminhou ofício à comissão reforçando a importância dos trabalhos do colegiado voltados às demandas das mulheres.
Segundo PL 855/21, são considerados atos discriminatórios ou ofensivos qualquer tipo de manifestação ou ação violenta, constrangedora, intimidatória ou depreciativa resultante de preconceito contra a condição feminina. Alguns exemplos incluem: portar ou ostentar cartazes, bandeiras ou símbolos, entoar cânticos insultuosos ou vexatórios, incitar ou praticar qualquer forma de assédio. Clubes ou agremiações esportivas, administradores de estádios de futebol e de ginásios e responsáveis por eventos esportivos deverão instalar, em locais de fácil visualização, placas com os dizeres “A mulher merece respeito, não preconceito” e “Em caso de violência contra a
mulher, ligue 180”.
“A luta pela valorização da mulher é uma tarefa que se impõe a todos os brasileiros! Que estejam empenhados na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, e que a prática esportiva deve também contribuir para esse fim”, concluiu o deputado federal Felipe Carreras.
*Acesse o link e confira a íntegra do relatório aprovado -* https://bit.ly/3rPgaPr
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