Sem hospitais de campanha, Ipojuca esbanja recursos em cestas básicas

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O Tribunal de Contas do Estado e Ministério Público de Pernambuco avaliam denúncias de uso indevido dos recursos públicos de Ipojuca, pela prefeitura do município, para compra de cestas básicas com finalidade eleitoreira. Nesta terça-feira (19), a gestão ipojucana publicou Pregão Eletrônico para a aquisição de 100 mil cestas básicas, por um valor superior a R$ 16 milhões. O município, que não construiu nenhum hospital de campanha para atendimento da Covid-19, já havia destinado quase R$ 4 milhões para a distribuição de 8.889 cartões alimentação em substituição às cestas básicas, cuja distribuição oferecia risco de contágio. O contrato com a empresa SODEXO abrange um período de 3 meses, e já contempla um número superior de beneficiados em relação ao período pós pandemia, quando cerca de 2500 pessoas recebiam o auxílio mensalmente.

Em abril, o Ministério Público de Pernambuco expediu recomendações à Prefeitura de Ipojuca e à Câmara de Vereadores, alertando que as ações eleitoreiras realizadas com recursos públicos permanecem proibidas durante a pandemia. O órgão fiscalizador atenta para o fato de que o ano eleitoral pode gerar nos chefes de poder a ânsia pela conquista do eleitorado. Em Ipojuca, enquanto falta investimento em assistência de saúde e os únicos leitos disponíveis para atendimento da Covid-19 estão em um hospital que atende outros casos de emergência, parecem sobrar recursos para ações políticas.

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