“Setúbal poderá virar uma Cracolândia”, protesta Wanderson contra a instalação de um Centro Pop no bairro

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Wanderson Florêncio

Deputado Wanderson Florêncio – Foto: Roberto Soares/ALEPE

O deputado estadual Wanderson Florêncio criticou, nesta terça-feira, a falta de diálogo da Prefeitura do Recife com os moradores de Setúbal, na Zona Sul da Cidade. Após ser procurado pelos residentes contrários a implantação de um Centro POP na região, o parlamentar entrou em contato com a secretária de Desenvolvimento Social Ana Rita Suassuna, que não se mostrou disposta a conversar com a população.

O Centro de Referências Especializados para a População em Situação de Rua (Centro POP) é um espaço de atendimento às pessoas em situação de vulnerabilidade, que oferece serviços que permitem a reconstrução de novos projetos de vida, com acesso à alimentação, espaço para higiene pessoal, guarda pertences e regularização de documentos pessoais.

Uma casa na rua Sargento Waldir Correia até já teria sido alugada. Segundo o parlamentar, existe o receio dos moradores de que a região, que possui aproximadamente 40 mil moradores, possa se tornar uma área com uma grande quantidade de pessoas usuárias de drogas e que possam causar infortúnios e também o aumento da violência em Setúbal.

“Não houve sequer diálogo com os moradores. É uma área residencial, com muitas escolas, com um fluxo enorme de crianças e adolescentes que se deslocam a pé, área também, de moradia de muitos idosos. As famílias estão preocupadas, pois já sofrem bastante com a violência do Recife. Tentamos o diálogo com a prefeitura e o que encontramos foi o desinteresse em dialogar com os moradores do bairro”, afirmou Wanderson Florêncio.

O parlamentar relatou que recentemente esteve no 19º Batalhão da Polícia Militar, dialogando em busca de uma solução para o aumento da violência na Zona Sul do Recife e escutou que o aumento da população de rua estaria contribuindo para o crescimento do número de furtos e delitos materiais, que estariam relacionados a compras de drogas.

“O bairro não pode servir de teste para projetos que não vem dando certo. Por que não implementar um Centro Pop em uma região menos residencial? Faço esse apelo em busca de uma alternativa para que o prefeito João Campos não se torne o algoz de Setúbal”, disse.

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