Um ano de parto humanizado pelo SUS em Jaboatão

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Luiz é o primeiro bebê a nascer no CPN

Há um ano, Luiz Alexandre entrou no Centro de Parto Natural (CPN) da Maternidade Rita Barradas, no bairro de  Sucupira, Jaboatão dos Guararapes, no ventre da mãe, a recepcionista Moanna Kalyne, de 24 anos, inaugurando os serviços da unidade. Nesta sexta, o bebê número 01 chegou ao local caminhando com seus passinhos trôpegos e um sorriso lindo no rosto, junto com a mãe e a avó, Vivian Silva, 40, para celebrar o primeiro aniversário do CPN, onde nasceram 205 bebês.

Várias mães, pais e avós participaram do evento, que contou com a presença do prefeito Mano Medeiros e a primeira-dama, Andrea Medeiros, além da parteira Maria dos Prazeres, patrimônio vivo de Pernambuco. Dona Prazeres, que já realizou mais de cinco mil partos, soube que seria homenageada com o batismo da sala 01 com o seu nome. E agradeceu cantando, brincando e contando histórias que vivenciou. Música, yoga e depoimentos emocionantes marcaram o momento.

“Tenho muito orgulho de ver o Centro de Parto Normal do Jaboatão completar seu primeiro ano com tantas histórias de acolhimento e gratidão, como as que ouvi, nesta sexta-feira, por parte de muitas mães, pais e avós. É um reconhecimento do trabalho feito com muito cuidado e carinho por nossos profissionais”, celebrou o prefeito Mano Medeiros. “A Maternidade Rita Barradas está em obras e deve ser concluída no final do ano. Já estou discutindo com o Governo do Estado uma possível parceria para sua manutenção”.

Moanna contou que chegou assustada ao CPN para ter o filho. “Eu estava com muito medo, era meu primeiro filho e só pensava na dor. Mas as meninas são ótimas, me deram total segurança e, na hora do parto, que durou 15 minutos, doía mais a ferida que eu tinha no braço, imobilizado devido a um acidente, do que o parto em si”, relata. A mãe dela, Vivian, acompanhou Moanna no nascimento do neto. “Eu tive três filhos de parto normal, aqui é muito diferente, as pessoas dão muita atenção à gestante. A mulher tem dor, mas não tem sofrimento”.

Roberta Ágata Farias, 23, e o marido, Carlos Henrique Vieira, 22, fizeram questão de agradecer à equipe pelo tratamento recebido no nascimento de Olivia Sofia, de apenas oito dias. “Atendimento, atenção, apoio, tudo foi maravilhoso. A estrutura também é ótima. Foi um trabalho de parto difícil e fico feliz que tenha sido aqui, com tanto acolhimento”, disse ela. Carlos participou de todo o processo. “É um momento onde a mulher precisa muito da gente, ela fica mais segura e é uma experiência única. Só não segurei o choro”.

A primeira-dama, Andrea Medeiros, revelou ter passado pelos partos normal e cesariano. “Não tem comparação, o normal é muito melhor”, disse, pedindo uma salva de palmas para a equipe e para as mães e pais que optaram pelo CPN. A secretária de Saúde, Zelma Pessôa, registrou o protagonismo da mulher em todo o processo do parto e nascimento dos bebês escolhendo, inclusive, a posição mais confortável para o parto.

ATENDIMENTO DIFERENCIADO

A coordenadora assistencial do CPN, Ana Cavalcanti, explicou que a unidade atende gestantes de Jaboatão de risco habitual, ou seja, sem condições de maior risco para a mulher ou a criança, como hipertensão, infecção urinária sem tratamento e diabetes) e as acompanha a partir da 32ª semana até dois dias após o parto, iniciando com uma consulta para vinculação da gestante ao Centro. “A demanda é espontânea, podendo qualquer gestante vir conhecer o espaço antes e agendar uma consulta de avaliação e vinculação para que possam ser construídos vínculos e sejam dadas as orientações  necessárias. A equipe é composta por enfermeiras obstetras e pediatra para avaliação dos bebês”.

As mamães e acompanhantes recebem orientação para o primeiro banho, limpeza do coto umbilical, amamentação e higiene. Os bebês passam por testes de triagem neonatal (olhinho, coraçãozinho e linguinha) e são encaminhados para as unidades de atenção primária, para a continuidade do acompanhamento. Mas, é comum as enfermeiras do CPN manterem vínculo com as mães, que levam fotos e os bebês após a alta para visita-las. “Tive meu primeiro filho aos 21 anos, em outro local, e foi muito difícil, senti muito dor, não queria ter mais filhos. Fiquei desesperada ao engravidar de novo, mas vim para o CPN e tinha crises de riso mesmo com 10 centímetros de dilatação, pois sentia acolhida e segura. Por isso, recomendo a todas as mulheres esse lugar, ele é maravilhoso”, afirmou a manicure Tainá Maria de Souza, 24.

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