A Política do Imediatismo – Por Carlos Soares

Amigos hoje me deu vontade de escrever algo sobre o atual momento da política de Pernambuco, e uma crítica não só a quem faz a situação, mas sim a oposição.  No embate da eleição passada, assistimos uma polarização entre um candidato que se apresentou como a continuidade e outro que tentou se apresentar como oposição, mas devido a sua recente participação na base do governo, teve que se colocar como uma liderança experiente, capaz de fazer Pernambuco avançar. Essa proposta de investir na biografia do candidato de uma espécie de oposição “café com leite” não prosperou diante do povo de Pernambuco. Pensando no assunto, surgiu-me um questionamento: Será que não faltou em Pernambuco um verdadeiro bloco de oposição nos 8 anos do Governo Eduardo? Hoje, a resposta está sendo dada pelos fatos acontecidos durante esse inicio de gestão do Governador Paulo Câmara. Ao contrário de Eduardo, ele não governa com tanta facilidade. Não tem o traquejo do seu antecessor, que dominava os seus aliados e ainda deixava a oposição acuada. Pra ser justo, necessito dizer que, atualmente, o governador pode está colhendo crises que estavam por baixo do tapete do Palácio, até então vigiadas por rígidos olhos azuis, esperando o primeiro vacilo para virem à tona. Pois bem, parece que Paulo Câmara não tem o mesmo controle que seu antecessor. E diante disso faço uma nova pergunta: Será que hoje falta mesmo aquela mão de ferro que se tinha há anos atrás ou será que caiu a ficha da nova oposição, que agora se apresenta ciente de que deve representar os descontentes com atual Governo? Hoje tenho visto uma oposição mais dinâmica e corajosa, enfrentando o governo, cumprindo sua função de fiscaliza-lo, é isso que o povo espera. Contudo, a oposição tem que ter a ideia de que a política não é feita de imediatismos e que, desempenhando este novo papel agora, estará suficientemente fortalecida para as eleições de 2016, debate que vem se antecipando, sobretudo, no que diz respeito à disputa pela Prefeitura da capital do Estado. Nomes já são ventilados e no meu ponto de vista, os principais aspirantes ainda não possuem condições de enfrentar o poderio do PSB e de Geraldo Júlio à altura. Por exemplo, Daniel Coelho é um excelente quadro, entretanto, não possui um grupo político consolidado. Seu discurso ambiental, propondo novidades, pode levá-lo ao segundo turno, mas o que ele pode oferecer a população além disso, será o suficiente para derrotar GJ? Na esteira dos possíveis candidatos há também o advindo do PT, partido que saiu do último pleito bastante fragilizado e aposta na volta de João Paulo a prefeitura, que ao que parece, o recifense não ver mais com os bons olhos de outrora, devido ao processo de desgaste sofrido pela sigla. Um candidato do partido só se torna viável quando o PT se reinventar, e isso passa pela construção de uma boa bancada de vereadores em 2016 e o fortalecimento da sua bancada na Assembleia e na Câmara em 2018, certamente esse conjunto de ações fortalecerá o partido para uma candidatura majoritária no próximo pleito, em 2020. Nesse contexto, existem , também, aqueles que correm por fora, ainda sem a força necessária, mas que podem gerar grandes surpresas, como Edilson Silva, Silvio Costa filho, Paulo Rubem entre outros. Por fim, volto a alertar que a oposição deve estar ciente que a política do imediatismo não dará certo. Pra se vencer a politica oligárquica que se abriga em Pernambuco eles terão que resgatar a confiança dos pernambucanos e representar, verdadeiramente, o povo. Estes representantes devem entender que os eleitores começam a analisar melhor os candidatos e seus históricos a partir de uma conduta que os aproximem e que a politica é realizada com conjuntos de ideias, com a soma de forças e de mentes e que é preciso, principalmente, coragem para contraditar àqueles que estão a quase uma década no Poder do Estado. Acredito que daqui pra frente bons embates virão. Acredito na nova oposição de Pernambuco! Carlos Soares Movimento Educação e Trabalho

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Carlos Soares – Movimento Educação e Trabalho

Amigos hoje me deu vontade de escrever algo sobre o atual momento da política de Pernambuco, e uma crítica não só a quem faz a situação, mas sim a oposição.  No embate da eleição passada, assistimos uma polarização entre um candidato que se apresentou como a continuidade e outro que tentou se apresentar como oposição, mas devido a sua recente participação na base do governo, teve que se colocar como uma liderança experiente, capaz de fazer Pernambuco avançar.

Essa proposta de investir na biografia do candidato de uma espécie de oposição “café com leite” não prosperou diante do povo de Pernambuco. Pensando no assunto, surgiu-me um questionamento: Será que não faltou em Pernambuco um verdadeiro bloco de oposição nos 8 anos do Governo Eduardo?

Hoje, a resposta está sendo dada pelos fatos acontecidos durante esse inicio de gestão do Governador Paulo Câmara. Ao contrário de Eduardo, ele não governa com tanta facilidade. Não tem o traquejo do seu antecessor, que dominava os seus aliados e ainda deixava a oposição acuada.

Pra ser justo, necessito dizer que, atualmente, o governador pode está colhendo crises que estavam por baixo do tapete do Palácio, até então vigiadas por rígidos olhos azuis, esperando o primeiro vacilo para virem à tona. Pois bem, parece que Paulo Câmara não tem o mesmo controle que seu antecessor. E diante disso faço uma nova pergunta: Será que hoje falta mesmo aquela mão de ferro que se tinha há anos atrás ou será que caiu a ficha da nova oposição, que agora se apresenta ciente de que deve representar os descontentes com atual Governo?

Hoje tenho visto uma oposição mais dinâmica e corajosa, enfrentando o governo, cumprindo sua função de fiscaliza-lo, é isso que o povo espera. Contudo, a oposição tem que ter a ideia de que a política não é feita de imediatismos e que, desempenhando este novo papel agora, estará suficientemente fortalecida para as eleições de 2016, debate que vem se antecipando, sobretudo, no que diz respeito à disputa pela Prefeitura da capital do Estado. Nomes já são ventilados e no meu ponto de vista, os principais aspirantes ainda não possuem condições de enfrentar o poderio do PSB e de Geraldo Júlio à altura. Por exemplo, Daniel Coelho é um excelente quadro, entretanto, não possui um grupo político consolidado. Seu discurso ambiental, propondo novidades, pode levá-lo ao segundo turno, mas o que ele pode oferecer a população além disso, será o suficiente para derrotar GJ?

Na esteira dos possíveis candidatos há também o advindo do PT, partido que saiu do último pleito bastante fragilizado e aposta na volta de João Paulo a prefeitura, que ao que parece, o recifense não ver mais com os bons olhos de outrora, devido ao processo de desgaste sofrido pela sigla. Um candidato do partido só se torna viável quando o PT se reinventar, e isso passa pela construção de uma boa bancada de vereadores em 2016 e o fortalecimento da sua bancada na Assembleia e na Câmara em 2018, certamente esse conjunto de ações fortalecerá o partido para uma candidatura majoritária no próximo pleito, em 2020. Nesse contexto, existem , também, aqueles que correm por fora, ainda sem a força necessária, mas que podem gerar grandes surpresas, como Edilson Silva, Silvio Costa filho, Paulo Rubem entre outros.

Por fim, volto a alertar que a oposição deve estar ciente que a política do imediatismo não dará certo. Pra se vencer a politica oligárquica que se abriga em Pernambuco eles terão que resgatar a confiança dos pernambucanos e representar, verdadeiramente, o povo. Estes representantes devem entender que os eleitores começam a analisar melhor os candidatos e seus históricos a partir de uma conduta que os aproximem e que a politica é realizada com conjuntos de ideias, com a soma de forças e de mentes e que é preciso, principalmente, coragem para contraditar àqueles que estão a quase uma década no Poder do Estado. Acredito que daqui pra frente bons embates virão. Acredito na nova oposição de Pernambuco!

Carlos Soares

Movimento Educação e Trabalho

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