Após pressão contínua da Delegada Gleide Ângelo, o Executivo estadual encaminhou na tarde desta segunda-feira (20) para a Casa Legislativa o projeto de lei ainda não numerado, que garante a renovação dos contratos dos policiais civis aposentados que trabalham em funções administrativas. Em suas redes sociais, a Delegada denuncia que o contrato atual, firmado no ano passado e que contempla 308 policiais civis aposentados, se encerra no próximo mês de dezembro.
“Esse projeto é uma medida paliativa para mediar o real problema da polícia civil e da segurança pública do estado como um todo, que é a carência de efetivo. Se não houver a prorrogação desses contratos, a polícia civil vai parar por falta de efetivo. Na última segunda (13), fiz um pronunciamento na plenária da ALEPE onde denunciei a situação caótica em Pernambuco pela falta de efetivo policial. Se os contratos dos aposentados não forem rebocados, a Polícia Civil vai parar! Não temos escrivães em todas as delegacias, estamos tendo agentes de polícia desviados de funções por falta de escrivães e investigações paralisadas por falta de agentes de polícia para investigar”, pontuou a Delegada, explicando ainda que a abertura de um concurso público com apenas 250 vagas para a Polícia Civil é “irrisória diante da realidade da segurança pública do Estado”.
O decreto nº 44.146 foi firmado pelo Estado em 2017 como uma estratégia de curto prazo, permitindo a liberação de efetivo policial das delegacias para atuar em ações de investigação contra homicídios e crimes patrimoniais, por exemplo. Assim, os policiais já aposentados são readmitidos para desempenhar atividades administrativas, como a permanência das delegacias distritais, por exemplo. “O Estado segue adotando ações emergenciais e não definitivas no campo da segurança pública. É preciso encarar de frente o problema da carência de efetivo policial e apresentar um planejamento para sanar a questão. Para uma segurança pública de qualidade e efetividade é preciso assumir o compromisso de planejamento com a segurança dos
pernambucanos e pernambucanos”, defendeu.