NesSa segunda-feira (18), o deputado Renato Antunes (PL) contestou um discurso proferido no Plenário que relacionava o segmento evangélico a projetos de poder autoritários e militaristas. O parlamentar afirmou que subiu à tribuna para defender não apenas a sua fé, mas também os eleitores que se sentiram ofendidos pelo pronunciamento feito por João Paulo (PT) na semana passada.
“O pronunciamento chama os evangélicos de gado. Afirma que nós seguimos homens cegamente. Não seguimos homens, seguimos valores e princípios, e disso não abrimos mão”, reagiu.
Antunes também contestou a declaração do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, sobre a suposta existência de uma “narcomilícia evangélica” no Rio de Janeiro. O deputado argumentou que discursos como esse são uma reação à baixa popularidade do Governo Lula. Em resposta, João Paulo reiterou as ideias apresentadas na semana passada. O parlamentar expressou o desejo de instigar a Casa a debater a relação entre religião e política, especialmente diante da tendência de crescimento da extrema direita no mundo.
“Eu reafirmo, com convicção, todo o meu pronunciamento. A nossa Constituição é laica, ela garante o direito e o respeito a qualquer religião. E essa posição que eu coloquei aqui não é uma posição isolada minha. Isso é fruto de estudos de vários sociólogos que encontraram uma interpretação para o que está ocorrendo no Brasil e no mundo”, considerou.
Pastor Júnior Tércio (PP), Pastor Cleiton Collins (PP) e William Brigido (Republicanos) também contestaram o discurso político que associava o movimento evangélico às lideranças da extrema direita. Esses parlamentares afirmaram que tal afirmação desrespeita uma comunidade de fé cristã que está engajada em diversas causas sociais e que atua na defesa da família e da vida.