Coluna Radar Político (20/07) – Depois do PSC e PROS a Frente Popular pode perder mais três partidos

Coluna Radar Político (20/07) – Depois do PSC e PROS a Frente Popular pode perder mais três partidos

Não bastasse a saída do PSC para Armando Monteiro e do PROS para Marília Arraes, a Frente Popular corre sérios riscos de desidratar ainda mais com a possibilidade de desembarque do Patriotas, Solidariedade e PDT. A perda de partidos, independente do seu tamanho e força eleitoral, fragiliza qualquer projeto de manutenção ou conquista do poder. Um movimento desta natureza é visto como um indicativo de fragilidade política e presságio de insucesso eleitoral do grupo onde há a baixa de aliados. Comandado no estado pelo Pr. Eurico, deputado federal que na eleição de 2014 figurou como o segundo mais votado após superar os 233 mil votos, já abriu diálogo com o pré-candidato a governador Armando Monteiro (PTB). Ao blog, uma fonte que prefere reserva, revelou que a relação de Eurico com o Palácio só piorou após o posicionamento do parlamentar contrário a apresentação da peça teatral que ofendia os cristãos que chegou a ser contratada pela Fundarpe para se apresentar no Festival de Inverno de Garanhuns e depois foi cancelada. Caso se materialize a ida do Patriotas para Armando, o governador Paulo Câmara não apenas perderá mais um líder do seguimento evangélico, mas também uma boa quantidade de deputados federais e estaduais que estão filiados à sigla. Outra sigla que também avançou em conversas com o candidato petebista foi o Solidariedade, partido presidido no estado pelo deputado federal Augusto Coutinho. Desde que teve o seu espaço reduzido no Governo do Estado o clima dentro do Solidariedade é de grande insatisfação que pode piorar caso o governador sinalize a possibilidade da deputada Luciana Santos participar de sua chapa, uma vez que a comunista é adversária de professor Lupércio, prefeito de Olinda e integrante do Solidariedade. Além desses agravantes, a relação familiar entre Augusto Coutinho e Mendonça Filho, candidato a senador na chapa de Armando, é outro fator que tem sido levado em consideração para a possível saída do Solidariedade da base governista. Quanto ao PDT, partido presidido no estado por Wolney Queiroz, à permanência na Frente Popular depende de como o PSB se posicionará nacionalmente em relação à candidatura do presidenciável pedetista Ciro Gomes. Caso o PSB decida pelo caminho da neutralidade ao invés de caminhar com Ciro, são grandes as chances do PDT caminhar com a candidatura de Marília Arraes para o Governo do Estado. Neste cenário o ex-prefeito de Caruaru, Zé Queiroz, pode figurar como candidato ao Senado ou ser vice da petista. Além da condicionante de aliança nacional entre PSB e PDT, outro aspecto tem pesado para que a sigla possa ir para o PT. As melhores condições de reeleição de Wolney Queiroz que uma aliança com Marília oferece. Com uma reeleição em risco, Wolney apostava na formação de uma chapinha entre o PDT, PP,PROS,Solidariedade, PC do B e PR para salvar o mandato. No entanto, com o desembarque do PROS e a grande possibilidade de saída do Solidariedade da Frente Popular os planos da chapinha se concretizar está indo por água abaixo. Caso não chame o feito à ordem e conduza o processo no sentido de evitar mais baixas, não demorará muito para que o governador Paulo Câmara comece a ser servido com café frio. Dissidente 1 - A saída do PROS da base governista levará por tabela um arraessista histórico para a oposição, o prefeito de Água Preta Eduardo Coutinho (PSB). O socialista acompanhará o seu filho, o deputado federal João Fernando Coutinho, o que abrirá uma dissidência no ninho socialista na região da Mata Sul. Dissidente 2 – O prefeito de Orobó, Cleber Chaparral (PSD), é mais um gestor pertencente a partido da base do governo a declarar apoio à candidatura de Armando Monteiro. O gestor preparou uma grande festa para receber o petebista ontem, no seu município. Vale destacar que Chaparral lançou a esposa, Juliana, como candidata a deputada estadual pelo Patriotas, partido que tem flertado com Armando. Ganhando terreno – A insatisfação de Felipe Carreiras com o Palácio tem nome e sobrenome,... João Campos. Antes preferido do prefeito Geraldo Júlio, Carreiras tem assistido o avanço a passos largos do filho de Eduardo Campos no Recife. João Campos agora é o queridinho da PCR. O seu nome está sendo trabalhado para suceder Geraldo em 2020, por esta razão a ordem é dar carga na sua campanha para que apresente uma votação expressiva na capital pernambucana. Perdendo terreno – A decisão de Júnior Uchôa em disputar um mandato na ALEPE prejudicou o deputado estadual Júlio Cavalcanti (PTB) no município de São Lourenço da Mata. Lá, Júlio era o candidato a estadual do prefeito Bruno Pereira, no entanto foi substituído por Júnior Uchôa. Nas contas mais pessimistas Júlio perdeu uns 4 mil votos com a substituição. Já o deputado Zeca Cavalcanti, que antes havia sido deslocado para a entrada de Júnior Uchôa para federal, voltou a ter o apoio do prefeito Bruno Pereira. Traição – Tem repercutido negativamente na Assembleia Legislativa a decisão do ex-prefeito de Aliança, Azoka, de trocar o apoio a Júnior Uchôa por Gustavo Gouveia. Diferente dos 13 prefeitos e diversas lideranças que estavam fechadas com Guilherme Uchôa e que depois do seu falecimento ficaram com Júnior Uchôa, Azoka preferiu seguir pelo caminho da ingratidão. Quem conhece a história sabe o quanto o deputado Guilherme Uchôa ajudou o ex-gestor aliancense. Pule de 10 - Foi acertada a decisão do ex-prefeito de Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), em concorrer a uma vaga na ALEPE. Com muitos serviços prestados aos municípios que governou Elias deverá obter uma expressiva votação na disputa e figurar entre os 49 eleitos para o Legislativo Estadual. Para dar o ponta pé na pré-campanha o ex-gestor realizará um encontro com a militância no próximo dia 23, no Hotel Barramares, em Jaboatão dos Guararapes. Cobrança - Em nota enviada à imprensa, o líder da Bancada de Oposição na ALEPE, deputado Sílvio Costa (PRB), denuncia que cerca de 70% das promessas realizadas por Paulo Câmara não foram cumpridas. Entre elas estão a construção de barragens na Mata Sul, a instituição do Bilhete Único, construção dos hospitais regionais de Garanhuns e Serra Talhada e a de dobrar o salário dos professores da rede estadual. “Para ganhar a eleição, o governador fez um conjunto de promessas, como dobrar o salário dos professores, que sabia que não seria possível de cumprir, mas mesmo assim prometeu. Temos certeza que ele terá a resposta nas urnas", destaca o parlamentar. Uso da máquina? – Teria alguma relação a nomeação na assessoria especial da Casa Civil do ex-prefeito de Condado e campeão de contas rejeitadas no TCE, Edberto Quental, com o apoio anunciado pelo ex-gestor à candidatura de Raul Henry para deputado federal?

Não bastasse a saída do PSC para Armando Monteiro e do PROS para Marília Arraes, a Frente Popular corre sérios riscos de desidratar ainda mais com a possibilidade de desembarque do Patriotas, Solidariedade e PDT.

A perda de partidos, independente do seu tamanho e força eleitoral, fragiliza qualquer projeto de manutenção ou conquista do poder. Um movimento desta natureza é visto como um indicativo de fragilidade política e presságio de insucesso eleitoral do grupo onde há a baixa de aliados.

Comandado no estado pelo Pr. Eurico, deputado federal que na eleição de 2014 figurou como o segundo mais votado após superar os 233 mil votos, já abriu diálogo com o pré-candidato a governador Armando Monteiro (PTB). Ao blog, uma fonte que prefere reserva, revelou que a relação de Eurico com o Palácio só piorou após o posicionamento do parlamentar contrário a apresentação da peça teatral que ofendia os cristãos que chegou a ser contratada pela Fundarpe para se apresentar no Festival de Inverno de Garanhuns e depois foi cancelada. Caso se materialize a ida do Patriotas para Armando, o governador Paulo Câmara não apenas perderá mais um líder do seguimento evangélico, mas também uma boa quantidade de deputados federais e estaduais que estão filiados à sigla.

Outra sigla que também avançou em conversas com o candidato petebista foi o Solidariedade, partido presidido no estado pelo deputado federal Augusto Coutinho. Desde que teve o seu espaço reduzido no Governo do Estado o clima dentro do Solidariedade é de grande insatisfação que pode piorar caso o governador sinalize a possibilidade da deputada Luciana Santos participar de sua chapa, uma vez que a comunista é adversária de professor Lupércio, prefeito de Olinda e integrante do Solidariedade. Além desses agravantes, a relação familiar entre Augusto Coutinho e Mendonça Filho, candidato a senador na chapa de Armando, é outro fator que tem sido levado em consideração para a possível saída do Solidariedade da base governista.

Quanto ao PDT, partido presidido no estado por Wolney Queiroz, à permanência na Frente Popular depende de como o PSB se posicionará nacionalmente em relação à candidatura do presidenciável pedetista Ciro Gomes. Caso o PSB decida pelo caminho da neutralidade ao invés de caminhar com Ciro, são grandes as chances do PDT caminhar com a candidatura de Marília Arraes para o Governo do Estado. Neste cenário o ex-prefeito de Caruaru, Zé Queiroz, pode figurar como candidato ao Senado ou ser vice da petista. Além da condicionante de aliança nacional entre PSB e PDT, outro aspecto tem pesado para que a sigla possa ir para o PT. As melhores condições de reeleição de Wolney Queiroz que uma aliança com Marília oferece.

Com uma reeleição em risco, Wolney apostava na formação de uma chapinha entre o PDT, PP,PROS,Solidariedade, PC do B e PR para salvar o mandato. No entanto, com o desembarque do PROS e a grande possibilidade de saída do Solidariedade da Frente Popular os planos da chapinha se concretizar está indo por água abaixo.

Caso não chame o feito à ordem e conduza o processo no sentido de evitar mais baixas, não demorará muito para que o governador Paulo Câmara comece a ser servido com café frio.

Dissidente 1 – A saída do PROS da base governista levará por tabela um arraessista histórico para a oposição, o prefeito de Água Preta Eduardo Coutinho (PSB). O socialista acompanhará o seu filho, o deputado federal João Fernando Coutinho, o que abrirá uma dissidência no ninho socialista na região da Mata Sul.

Dissidente 2 – O prefeito de Orobó, Cleber Chaparral (PSD), é mais um gestor pertencente a partido da base do governo a declarar apoio à candidatura de Armando Monteiro. O gestor preparou uma grande festa para receber o petebista ontem, no seu município. Vale destacar que Chaparral lançou a esposa, Juliana, como candidata a deputada estadual pelo Patriotas, partido que tem flertado com Armando.

Ganhando terreno – A insatisfação de Felipe Carreiras com o Palácio tem nome e sobrenome,… João Campos. Antes preferido do prefeito Geraldo Júlio, Carreiras tem assistido o avanço a passos largos do filho de Eduardo Campos no Recife. João Campos agora é o queridinho da PCR. O seu nome está sendo trabalhado para suceder Geraldo em 2020, por esta razão a ordem é dar carga na sua campanha para que apresente uma votação expressiva na capital pernambucana.

Perdendo terreno – A decisão de Júnior Uchôa em disputar um mandato na ALEPE prejudicou o deputado estadual Júlio Cavalcanti (PTB) no município de São Lourenço da Mata. Lá, Júlio era o candidato a estadual do prefeito Bruno Pereira, no entanto foi substituído por Júnior Uchôa. Nas contas mais pessimistas Júlio perdeu uns 4 mil votos com a substituição. Já o deputado Zeca Cavalcanti, que antes havia sido deslocado para a entrada de Júnior Uchôa para federal, voltou a ter o apoio do prefeito Bruno Pereira.

Traição – Tem repercutido negativamente na Assembleia Legislativa a decisão do ex-prefeito de Aliança, Azoka, de trocar o apoio a Júnior Uchôa por Gustavo Gouveia. Diferente dos 13 prefeitos e diversas lideranças que estavam fechadas com Guilherme Uchôa e que depois do seu falecimento ficaram com Júnior Uchôa, Azoka preferiu seguir pelo caminho da ingratidão. Quem conhece a história sabe o quanto o deputado Guilherme Uchôa ajudou o ex-gestor aliancense.

Pule de 10 – Foi acertada a decisão do ex-prefeito de Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB), em concorrer a uma vaga na ALEPE. Com muitos serviços prestados aos municípios que governou Elias deverá obter uma expressiva votação na disputa e figurar entre os 49 eleitos para o Legislativo Estadual. Para dar o ponta pé na pré-campanha o ex-gestor realizará um encontro com a militância no próximo dia 23, no Hotel Barramares, em Jaboatão dos Guararapes.

Cobrança – Em nota enviada à imprensa, o líder da Bancada de Oposição na ALEPE, deputado Sílvio Costa (PRB), denuncia que cerca de 70% das promessas realizadas por Paulo Câmara não foram cumpridas. Entre elas estão a construção de barragens na Mata Sul, a instituição do Bilhete Único, construção dos hospitais regionais de Garanhuns e Serra Talhada e a de dobrar o salário dos professores da rede estadual. “Para ganhar a eleição, o governador fez um conjunto de promessas, como dobrar o salário dos professores, que sabia que não seria possível de cumprir, mas mesmo assim prometeu. Temos certeza que ele terá a resposta nas urnas”, destaca o parlamentar.

Uso da máquina? – Teria alguma relação a nomeação na assessoria especial da Casa Civil do ex-prefeito de Condado e campeão de contas rejeitadas no TCE, Edberto Quental, com o apoio anunciado pelo ex-gestor à candidatura de Raul Henry para deputado federal?

Escrito por Wellington Ribeiro – E-mail: [email protected]

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