Concentração bancária prejudica população, empresas e economia, afirma Jorge Côrte Real

Concentração bancária prejudica população, empresas e economia, afirma Jorge Côrte Real

Segundo o parlamentar, o patamar dos juros bancários prejudica os consumidores, as empresas e a economia como um todo.

Jorge Côrte Real: “Altos juros diminuem intensidade comercial dos produtos brasileiros.”

Uma das causas das altas taxas de juros cobrada pelos bancos de pessoas e empresas é a concentração bancária. A avaliação foi feita pelo deputado Jorge Côrte Real (PTB-PE), ao destacar que, no Brasil, cerca de 80% das operações de crédito são feitas por apenas quatro bancos.

Segundo o parlamentar, o patamar dos juros bancários prejudica os consumidores, as empresas e a economia como um todo.

Em debate realizado na Câmara dos Deputados, foi mostrado que as taxas de juros de recursos livres cobradas pelos bancos – ou seja, aquelas que os bancos definem livremente – continuam crescendo a despeito da redução substancial da taxa básica de juros da economia (taxa Selic), que caiu de 14,25% (julho de 2015) para 6,5% (março de 2018).

No mês de fevereiro, a taxa média de juros cobrados pelos bancos ficou em 22,21% ao ano para as empresas e em torno de 57,72% ao ano para as pessoas físicas.

É algo que nos preocupa, pois onera muito o consumidor e a indústria. Os produtos saem menos das empresas do que poderiam sair, ou seja, altos juros diminuem a intensidade comercial dos produtos brasileiros, já que a população fica privada de fazer suas compras. Essa concentração bancária é perversa para a economia”, afirmou.

Alternativas

De acordo com Côrte Real, um jeito de driblar o monopólio dos bancos nacionais é procurar bancos estrangeiros que façam aplicações financeiras no País. Outra alternativa é buscar cooperativas de crédito ou lojas de departamento que queiram oferecer crédito diretamente ao consumidor.

Agora, é preciso que essas lojas façam o crédito de uma maneira mais suave do que o setor bancário, porque o que a gente vê por aí é que o crédito oferecido pelas lojas de departamento é mais caro e leonino que o próprio juro bancário”, alertou.

Reportagem – Celimar de Meneses, com a colaboração de Regina Mesquita e sob a supervisão de Renata Tôrres
Foto – Jotaric

COMENTÁRIOS