Em assembleia realizada nesta quinta-feira (4), os delegados de polícia de Pernambuco decidiram não aceitar a proposta apresentada pelo governo do Estado para atendimento aos pleitos de reajuste salarial e valorização da carreira. Segundo o presidente da Associação de Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe), Diogo Victor, a proposta apresentada não atende aos “interesses de classe”, o que leva à ampliação da paralisia de atividades por parte da categoria.
SIGA O BLOG PONTO DE VISTA NO INSTAGRAM
“Ficou definido duas situações extremamente importantes: a primeira delas é a rejeição completa da proposta apresentada pelo governo do Estado, que não atende aos interesses da classe, onde os colegas, quem está trabalhando na ponta será menos valorizada, com ganho real que vai ser insignificante em quatro anos. Também decidimos recrudescer as mobilizações e não fazer mais operações de repressão qualificada. Aquelas já planejadas, para não atrapalhar, tem que haver convocação via SEI, com pagamento de diária antecipada e folga estabelecida”, elencou o presidente da Adeppe.
Em outra frente, os delegados de polícia também decidiram não aderir às prioridades pactuadas dentro do programa Juntos Pela Segurança. “Entendemos que está em desacordo com a lei orgânica nacional, que elencou outros crimes prioritários, como tráfico de drogas e combate à corrupção como prioridades. Infelizmente, não podemos caminhar juntos no programa Juntos Pela Segurança “, esclareceu Diogo Victor.
Em virtude do impasse com a gestão estadual, delegados já têm trabalhado com redução de 50% das metas em todo o Estado. Além disso, houve a entrega do Programa de Jornada Extraordinária (PJEs), afetando os plantões policiais. Desde o mês de novembro de 2023, plantões noturnos foram entregues em todas as regiões do estado, com interrupções de atividades.