As contrapartidas exigidas pelo Governo do Estado para viabilizar a instalação da Escola de Sargentos em Pernambuco foram tema de discursos durante a Reunião Plenária desta terça-feira (21). Diversos deputados, alinhando-se ao posicionamento do Coronel Alberto Feitosa (PL), expressaram críticas à abordagem adotada pelo Poder Executivo estadual nas negociações com as Forças Armadas para a concretização desse empreendimento de grande envergadura. Na visão de Feitosa, é “inacreditável testemunhar tamanha inércia e complacência do Estado ao lidar com essa decisão”.
O parlamentar argumentou que Pernambuco precisa adotar uma postura mais “audaciosa” para evitar a perda da instalação da Escola de Sargentos para outros estados.
Ele ressaltou a presença de dois concorrentes bastante competitivos, o Rio Grande do Sul e o Paraná, que demonstraram interesse ao visitar o Comando Militar do Nordeste para se familiarizarem com o projeto. Isso foi feito com a intenção de levar adiante a construção, considerada fundamental do ponto de vista social, econômico e para a melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) na região.
Renato Antunes (PL), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Escola de Sargentos, destacou o interesse do Governo de Pernambuco em atrair o empreendimento, mas enfatizou a necessidade de o estado “sair do campo das ideias e passar para a prática”. O deputado também expressou sua opinião de que o argumento de proteção ambiental não deve inviabilizar o projeto. Segundo ele, a alegação de que o Exército estaria desmatando a Mata Atlântica não é válida, e a instituição pretende utilizar apenas metade de 1% da área destinada ao projeto da escola.
A proposta das Forças Armadas em análise no estado envolve a ocupação de uma parte do Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti, que já pertence à instituição e está localizado dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe.