Deputados da bancada evangélica da Alepe assinam Carta Aberta sobre novo Decreto

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Deputados que integram a Bancada Evangélica na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) divulgaram uma carta aberta, solicitando a inclusão das atividades religiosas nos serviços essenciais. As novas medidas, anunciadas pelo Governo do Estado na segunda-feira (1º), inviabilizam a realização de cultos e atividades religiosas presenciais, gerando preocupação para lideranças e membros dessas instituições. O decreto, que estará em vigor entre os dias 03 e 17 de março, proíbe a realização atividades chamadas de ‘não-essenciais’ em todo o estado, das 20h às 05h de segunda a sexta-feira e durante o dia todo aos finais de semana.

Em tom ameno e objetivo, a carta propõe a reavaliação do decreto para que atividades de culto possamo ocorrer diariamente até as 21h, mantendo o horário médio de funcionamento das instituições. O documento visa garantir a manutenção dos exercícios religiosos, salientando que os fiéis deverão cumprir as medidas recomendadas pelas autoridades sanitárias, a exemplo da higienização dos espaços, uso de máscaras e álcool em gel.

No documento, os parlamentares ressaltam que “as entidades religiosas prestam serviços de extrema importância à comunidade, através de serviços voluntários de assistência espiritual e emocional, oferecendo consolo, esperança e orientação aos que fazem parte das comunidades religiosas e ao público em geral”.

Os integrantes da Bancada Evangélica também se colocam a favor da aceleração do processo de vacinação no estado e de mais investimentos na Saúde, visando à redução do contágio da doença. A carta aberta é assinada pelos deputados Erick Lessa, Pr. Cleiton Collins, Joel da Harpa, Clarissa Tercio, Romero Sales Filho, Dulcicleide Amorim, Fabíola Cabral, William Brigido, Marco Aurélio Meu Amigo e Adalto Santos. O deputado federal Ossesio Silva também assina o documento.


CARTA ABERTA DE DEPUTADOS DA BANCADA EVANGÉLICA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE PERNAMBUCO

Nós, deputados estaduais da Bancada Evangélica da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), vimos, por intermédio desta carta, apresentar alguns pontos referentes às medidas do Governo do Estado de Pernambuco, que estarão em vigor entre os dias 03/03 e 17/03,  proibindo a execução das atividades denominadas “não essenciais” das 20h às 5h, de segunda a sexta em todo o Estado.

Antes de tudo, registramos nossa solidariedade às famílias de milhares de vítimas da covid-19. Entendemos que a prática básica do cristão é o amor ao próximo (cf. Mt. 22:39), cuja expressão ocorre por meio da empatia ao semelhante. Também registramos nossa preocupação com os índices crescentes dos casos da doença e reiteramos a necessidade de investir na área da Saúde, bem como encontrar alternativas para acelerar a vacinação dos pernambucanos.

Tendo em vista as múltiplas dificuldades advindas da pandemia, que imiscuem-se nas mais diversas áreas sociais, ressaltamos que as entidades religiosas prestam serviços de extrema importância à comunidade, através de serviços voluntários de assistência espiritual e emocional, oferecendo consolo, esperança e orientação aos que fazem parte das comunidades religiosas e ao público em geral.

Levando em consideração a relevância desses serviços, sobretudo em um momento de crise como este, solicitamos que o Decreto Estadual seja reavaliado, permitindo o funcionamento dos cultos religiosos, diariamente, até as 21h. Destarte, lideranças e fiéis poderão manter suas atividades de culto, observando as medidas sanitárias vigentes, por meio da higienização dos espaços, uso de máscaras e álcool em gel, bem como respeitando as normas de distanciamento social.

Por fim, queremos ressaltar que um dos pilares da Reforma Protestante é a separação da Igreja e do Estado. Cremos que ambos são ordenados pelo Senhor Deus, possuindo papéis distintos. O Estado deve manter a ordem e a paz, exercendo a autoridade civil e proporcionando o bem-estar coletivo; já a Igreja é a comunhão de cristãos visando a servir e cultuar o Senhor Jesus Cristo, por meio da proclamação e do exercício da Mensagem Bíblica. Assim, cabe à Igreja respeitar o Estado, e este deve garantir liberdade plena àquela. Pleiteamos a reavaliação do Decreto, como supramencionado, para incluir as atividades religiosas como serviços essenciais, baseados no propósito de que Igreja e Estado devem ser cooperadores na busca pela justiça e pela paz.


Que o Espírito de Paz e Sobriedade esteja entre nós para enfrentar os desafios do tempo presente. Que assim seja!


Recife, 1º de março de 2021.


Subscrevem a CARTA ABERTA DE DEPUTADOS DA BANCADA EVANGÉLICA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE PERNAMBUCO:

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