Doriel Barros (PT) foi o primeiro a abordar esse tópico, destacando a luta dos movimentos sociais em prol da expansão dos direitos da população negra no país. Lamentou também a persistência no Brasil do hábito de avaliar as pessoas com base na cor da pele.
“O DNA de uma pessoa branca e de uma pessoa negra, por exemplo, varia menos de 0,1%. Então, não tem porque a gente avaliar alguém pela cor da sua pele, pelo seu cabelo, pelos seus olhos, e é isso que acontece diariamente no nosso país. Há ainda muita situação de desigualdade, de preconceito e de discriminação. Nós precisamos superar tudo isso”, afirmou.
Rosa Amorim (PT) também relembrou a importância da data, enfatizando a necessidade contínua de avançar na batalha contra o racismo estrutural e em prol do respeito e dignidade da população negra no Brasil. A deputada elogiou a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) por aprovar o projeto de lei que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial, sancionado em junho deste ano. Além disso, destacou a realização, na última semana, da primeira Jornada Antirracista na Alepe, um evento que reuniu artistas, pesquisadores e membros da sociedade civil para discutir o tema.
“O racismo impacta na política pública de moradia. Os negros representam a maior parte da população em situação de rua e em vulnerabilidade social. O racismo também impacta na questão de geração de emprego e renda. Hoje, quase 40% da população negra vive na informalidade do trabalho. O desemprego no nosso país tem o rosto de uma mulher negra de baixa escolaridade”, assinalou.