30 de outubro de 2022. Há um ano, o Brasil presenciava o que talvez pode ser considerado o maior embate político da história da democracia no país.
Acontecia, naquele domingo, o segundo turno das eleições presidenciais mais disputadas do Brasil. Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e Jair Bolsonaro, do PL, disputavam a preferência de milhões de brasileiros. Esquerda x Direita.
Com um embate considerado certo, Lula e Bolsonaro sequer foram ameaçados por outros candidatos no primeiro turno – a polarização era tanta que nenhum nome chegou perto da porcentagem de votos dos dois.
No primeiro turno, Lula recebeu 48,43% dos votos (totalizando 57.259.504). Bolsonaro, 43,20% dos votos (51.072.345). Os demais nem ‘assustaram’ os verdadeiros protagonistas do embate.
Simone Tebet (MDB) teve 4,16% da votação (4.915.423). Ciro Gomes, apontado por muitos como a terceira via, fugindo da polarização entre Lula-Bolsonaro, obteve apenas 3,04% dos votos (3.599.287). Soraya Thronicke recebeu 0,51% (600.955) e Felipe D’Ávila 0,47% (559.708).
Padre Kelmon (PRTB), Léo Péricles, Sofia Manzano (PCB), Vera Lúcia (PSTU) e Constituinte Eymael (DC), juntos, obtiveram 0,19% das intenções de voto.
E às 19h56 do dia 30 de outubro de 2022, com 98,91% das urnas apuradas, Lula foi considerado eleito.
Dos 124.252.796 de votos, Lula recebeu 60.345.999 (50,90%) e foi eleito para o seu terceiro mandato como presidente (2002, 2006 e 2022). Bolsonaro teve 58.206.354 dos votos válidos, ficando com 49,10% das intenções e fracassando, pela primeira vez na história de uma disputa à presidência, na busca pela reeleição. Jamais uma eleição majoritária teve uma diferença tão pouca entre candidatos tão opostos.
3.930.765 (3,16%) dos votos foram nulos e 1.769.678 (1,43%) foram em branco.