Política em Dia (18/08) – Vereadores na corrida eleitoral – Por Marcelo Velez

Política em Dia (18/08) – Vereadores na corrida eleitoral – Por Marcelo Velez

Muitos vereadores estão tentando dar um salto na representatividade pessoal. A campanha do legislador municipal costuma ser muito próxima das ruas e, por isso, os vereadores são a principal base de sustentação de uma campanha estadual. Um bom número de edis pode significar o pontapé inicial para eleger um deputado.  Acontece que vários vereadores estão lançando campanhas próprias neste ano porque crêem serem arrastados por puxadores em chapinhas ou porque chegam competitivos devido a estrutura própria e isto tende a prejudicar candidatos antes consolidados. Principalmente no Recife, muitos vereadores eleitos pretendem saltar para a Alepe, Câmara Federal e um até tenta ser vice-governador, Fred Ferreira.  Os ex-prefeitos e candidatos que esperam expressivas votações nos maiores colégios eleitorais do estado precisam refazer suas contas com base neste problema se não quiserem ter surpresas negativas em outubro. Mais ainda: pelo desgaste dos detentores de mandato, certos destes vereadores estão obtendo muito êxito junto ao povo como promessas de renovação. Um verdadeiro batalhão de legisladores municipais está minando as bases de muitos deputados estaduais. Quem será que vence esta guerra? O exército da Alepe ou o exército das Câmaras Municipais?  A história se repete – Marco Maciel era um grande quadro de Pernambuco. Não havia perdido nenhuma eleição até 2010, quando a derrota fragorosa buscando a reeleição para senador o aposentou das disputas políticas. Apesar de Jarbas liderar todas as pesquisas até agora, muitos prefeitos estão fechando as portas para ele e alegando motivos diversos, desde falta de apoio em 2016 até a fidelidade a Bruno e Mendonça pelo trabalho que fizeram enquanto ministros. Jarbas precisa sair do clima de “já ganhou” e entrar de cabeça neste pleito. Demonstrou força – O ato político da última quinta em Aldeia chacoalhou o município. O ex-prefeito Jorge Alexandre PSC, apresentou Júnior Uchôa e Vinícius Mendonça como candidatos a uma multidão de lideranças e moradores. Esperando mil pessoas, o Galpão de Vidro precisou ser rearranjado às pressas para comportar as quase 5 mil que chegaram. Jorge foi derrotado em 2016 mas teve jogo de cintura e permanece com a base quase intacta mesmo sem a máquina municipal em mãos. Um pé de cada lado – Há prefeitos se empenhando nas duas campanhas mais fortes a governador. Apoiando tanto Paulo quanto Armando, pretendem ter espaço no próximo governo qualquer que seja o resultado, além de emplacarem parentes que tenham perdido a eleição neste ano como secretários ou secretários-adjuntos. Farinha pouca, meu pirão primeiro – A atitude de Nilton Mota de desistir da reeleição e dividir as bases com os colegas foi muito elogiada. Crendo na reeleição de Paulo Câmara e sendo coordenador da campanha dele, não haveria necessidade de botar o bloco na rua porque a recompensa cabível pelo trabalho seria uma secretaria no governo. Além disso, suas antigas bases poderiam ser a injeção que faltava para eleger governistas em situação difícil. Porém, o efeito pareceu ser o inverso: na ansiedade por se reeleger, certos deputados acabaram brigando por lideranças de Mota. Cada um quer a maior fatia para si. *Marcelo Velez estreia no Blog Ponto de Vista com a coluna Política em Dia que será publicada todos os sábados. Nas segundas, terças e sextas-feiras você fica por dentro dos bastidores da política pernambucana com a Coluna Radar Político, com Wellington Ribeiro.

Muitos vereadores estão tentando dar um salto na representatividade pessoal. A campanha do legislador municipal costuma ser muito próxima das ruas e, por isso, os vereadores são a principal base de sustentação de uma campanha estadual. Um bom número de edis pode significar o pontapé inicial para eleger um deputado. 

Acontece que vários vereadores estão lançando campanhas próprias neste ano porque crêem serem arrastados por puxadores em chapinhas ou porque chegam competitivos devido a estrutura própria e isto tende a prejudicar candidatos antes consolidados. Principalmente no Recife, muitos vereadores eleitos pretendem saltar para a Alepe, Câmara Federal e um até tenta ser vice-governador, Fred Ferreira. 

Os ex-prefeitos e candidatos que esperam expressivas votações nos maiores colégios eleitorais do estado precisam refazer suas contas com base neste problema se não quiserem ter surpresas negativas em outubro. Mais ainda: pelo desgaste dos detentores de mandato, certos destes vereadores estão obtendo muito êxito junto ao povo como promessas de renovação. Um verdadeiro batalhão de legisladores municipais está minando as bases de muitos deputados estaduais. Quem será que vence esta guerra? O exército da Alepe ou o exército das Câmaras Municipais? 

A história se repete – Marco Maciel era um grande quadro de Pernambuco. Não havia perdido nenhuma eleição até 2010, quando a derrota fragorosa buscando a reeleição para senador o aposentou das disputas políticas. Apesar de Jarbas liderar todas as pesquisas até agora, muitos prefeitos estão fechando as portas para ele e alegando motivos diversos, desde falta de apoio em 2016 até a fidelidade a Bruno e Mendonça pelo trabalho que fizeram enquanto ministros. Jarbas precisa sair do clima de “já ganhou” e entrar de cabeça neste pleito.

Demonstrou força – O ato político da última quinta em Aldeia chacoalhou o município. O ex-prefeito Jorge Alexandre PSC, apresentou Júnior Uchôa e Vinícius Mendonça como candidatos a uma multidão de lideranças e moradores. Esperando mil pessoas, o Galpão de Vidro precisou ser rearranjado às pressas para comportar as quase 5 mil que chegaram. Jorge foi derrotado em 2016 mas teve jogo de cintura e permanece com a base quase intacta mesmo sem a máquina municipal em mãos.

Um pé de cada lado – Há prefeitos se empenhando nas duas campanhas mais fortes a governador. Apoiando tanto Paulo quanto Armando, pretendem ter espaço no próximo governo qualquer que seja o resultado, além de emplacarem parentes que tenham perdido a eleição neste ano como secretários ou secretários-adjuntos.

Farinha pouca, meu pirão primeiro – A atitude de Nilton Mota de desistir da reeleição e dividir as bases com os colegas foi muito elogiada. Crendo na reeleição de Paulo Câmara e sendo coordenador da campanha dele, não haveria necessidade de botar o bloco na rua porque a recompensa cabível pelo trabalho seria uma secretaria no governo. Além disso, suas antigas bases poderiam ser a injeção que faltava para eleger governistas em situação difícil. Porém, o efeito pareceu ser o inverso: na ansiedade por se reeleger, certos deputados acabaram brigando por lideranças de Mota. Cada um quer a maior fatia para si.

Marcelo Velez, estudante de engenharia na UFPE e militante político jovem em Camaragibe.

*Marcelo Velez estreia no Blog Ponto de Vista com a coluna Política em Dia que será publicada todos os sábados.

Nas segundas, terças e sextas-feiras você fica por dentro dos bastidores da política pernambucana com a Coluna Radar Político, com Wellington Ribeiro.

COMENTÁRIOS