A Prefeitura do Recife está progredindo na construção de mais 256 unidades habitacionais para a comunidade do Pilar, uma Zona Especial de Interesse Social (ZEIS) localizada no Bairro do Recife. Nesta terça-feira (30), o prefeito João Campos realizou uma vistoria nas obras. Com um investimento de R$ 33,2 milhões da gestão municipal, os trabalhos estão sendo conduzidos pela Autarquia de Urbanização do Recife (URB) e fazem parte do Recentro, programa de requalificação da área central da cidade. Os dois conjuntos habitacionais estão sendo construídos nas quadras 46 e 55, próximos às ruas Bernardo Vieira de Melo, Ocidente e São Jorge. A previsão é que os edifícios estejam prontos até dezembro deste ano.
“É importante ressaltar que as 128 unidades habitacionais que estão em construção são bancadas com recursos da Prefeitura do Recife e que no entorno temos vários serviços, como creche, escola, upinha e uma praça feita pela PCR. Tudo isso garante uma moradia digna e uma infraestrutura adequada para quem já mora aqui há muito tempo. Lembrando que essa obra, lá atrás, teve o maior achado arqueológico urbano do Brasil e contratamos especialistas da área para garantir que tudo fosse devidamente estudado, tratado e retirado. Só após a liberação da equipe arqueológica, começamos os trabalhos de obra civil, tendo todo o cuidado com a preservação da nossa história. Agora, a obra já está a todo vapor e em breve será entregue”, ressaltou o prefeito.
Com a implementação do Programa de Requalificação Urbanística e Inclusão Social pela Prefeitura do Recife, a comunidade do Pilar já recebeu 192 unidades habitacionais, uma creche-escola, uma escola de tempo integral, uma Upinha e uma praça. Segundo o presidente da URB, Luís Henrique Lira, esses novos habitacionais se somam a um amplo conjunto de intervenções que visam proporcionar mais qualidade de vida aos moradores da ZEIS.
O prefeito destacou a importância dessas intervenções, especialmente considerando que o local abriga diversos achados arqueológicos. Desde 2015, pesquisas conduzidas pela Fundação Seridó, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e posteriormente pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), por meio da Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento, identificaram cerca de 40 mil fragmentos arqueológicos. Além disso, foram descobertos vestígios do Forte de São Jorge sob a Igreja do Pilar, bem como algumas estruturas do século XVI, incluindo ocupações de casas e armazéns. O local também abriga vestígios de um antigo cemitério, evidenciando a importância histórica da região.
