Prefeitura do Recife garante novo parque para a cidade na Tamarineira

Decreto regulamenta o uso da área de mais de 10 hectares, onde hoje funciona o Hospital Ulysses Pernambucano, exclusivamente como parque. Terreno de propriedade da Santa Casa de Misericórdia está em tratativas avançadas para doação ao município

O Recife vai ganhar um novo parque, no coração da Zona Norte da cidade. Com mais de 10 hectares de área total (maior que o Parque da Jaqueira, que tem 7,8 ha), a Prefeitura do Recife garantiu a utilização do terreno onde hoje funciona o Hospital Ulysses Pernambucano e o Hospital Helena Moura, na Tamarineira, como parque, uma demanda da sociedade e um passo importante na construção de uma cidade mais humanizada e verde. O decreto com os parâmetros urbanísticos para a ocupação do terreno foi publicado no Diário Oficial do último dia 6 de novembro.

O decreto contém o estudo da Unidade de Conservação da Paisagem do Parque da Tamarineira. O material é fundamental para a implantação do parque, traz normas para o uso e ocupação específicos do parque e concentra um diagnóstico do que existe no terreno e detalha a fauna e a flora do local, com o objetivo de preservá-lo.

Além disso, ele traz os parâmetros urbanísticos fundamentais para a preservação das edificações existentes hoje no terreno, como os hospitais Ulysses Pernambucano e Helena Moura e também traz as normas para a possível implantação de equipamentos de lazer, cultura e preservação do meio ambiente que podem ser edificados no parque público.

Para o secretário executivo de Licenciamento Ambiental do Recife, Carlos Ribeiro, o material é riquíssimo para a preservação deste importante pedaço da cidade. “Este estudo é fundamental para fins específicos da implantação do parque público e tem informações valiosas sobre a fauna e flora do terreno, além de deixar muito claro o objetivo da gestão municipal em preservar o local e destinar a área para o uso de toda a cidade”, disse.

PRESERVAÇÃO E MEIO AMBIENTE – O novo parque da Tamarineira faz parte de uma série de ações voltada para a construção de uma cidade mais humana e sustentável. Em agosto, foi detalhado o projeto para a construção do maior parque da cidade, no terreno do antigo Aeroclube de Pernambuco, no Pina. Hoje, o Recife possui uma área de 2,2 km2 de parques e praças, além de 85,5 km2 de área verde protegida, contabilizando 55,92 m² de índice de área verde protegida por habitante. Por iniciativa da gestão, Recife possui ainda 15 Jardins Históricos, instituídos através do Decreto Municipal 29.537/2016, projetados pelo paisagista Roberto Burle Marx, dentre os quais as praças de Casa Forte, Euclides da Cunha, da República, o Jardim do Campo das Princesas, além das Praças do Derby e Salgado Filho, também tombadas pelo IPHAN.

Foi também na gestão que a cidade teve garantida a elaboração de 19 planos de manejo das Unidades de Conservação da Natureza do Recife (UCNs). A capital pernambucana possui ainda 54 árvores tombadas e mais 98 Imóveis de Proteção de Área Verde (IPAV), que totalizam aproximadamente 324 hectares de áreas verdes em imóveis como o Museu do Estado e a Academia Pernambucana de Letras.

Desde 2013, a Prefeitura do Recife investe na requalificação de diversos espaços públicos para fornecer à população opções de lazer e prática de esportes. O Recife possui aproximadamente 660 áreas de lazer, entre parques, praças e áreas verdes, dos quais mais de 500 foram requalificados desde 2013, num investimento de R$ 25 milhões. Foram realizadas 1040 intervenções nas praças e áreas verdes nesses últimos anos. Apenas neste ano estão sendo investidos cerca de R$ 3 milhões em espaços públicos importantes como o entorno da Lagoa do Araçá, o Parque Robert Kennedy, já entregue à população, entre outros. Além disso, desde 2013 foram classificadas 107 edificações como Imóveis Especiais de Preservação. Entre 1997 e 2013, início da atual gestão, apenas outros 2 imóveis tinham recebido a classificação.

COMENTÁRIOS