Radar Político (08/03) – Os critérios para a escolha do vice-governador

Radar Político (08/03) – Os critérios para a escolha do vice-governador

Apesar de todas as atenções se voltarem para os candidatos a governador, há de se lembrar de que neste processo existe um posto que possui um valor significativo para o fortalecimento da chapa. O candidato a vice-governador. Destinado a desempenhar um papel preponderante que visa dar algumas garantias à chapa, sejam elas voltadas a ampliar a coalização de forças com a incorporação de novos partidos à coligação com vistas a incrementar o tempo de guia eleitoral no rádio e TV, como também na transferência direta de votos quando o titular não é capaz de sozinho de penetrar em certo seguimento do eleitorado ou região, o candidato a vice-governador será sem dúvida uma peça-chave na eleição para o Governo de Pernambuco neste ano. Com uma regra que quase sempre se repete em campanhas vitoriosas desde a eleição de 1998, os candidatos a governador buscam companheiros de chapa que fechem a equação baseada na convergência força partidária/influência geopolítica. Em 98 foi assim quando Jarbas levou para o seu palanque Mendonça Filho, que por meio do seu pai Mendonção, garantiu a ele a força do então robusto PFL e inserção nos grotões do estado para disputar e vencer de Miguel Arraes, que por sua vez optou por Fernando Bezerra Coelho para ampliar o seu raio de influência no Sertão do São Francisco. Na eleição de 2006 Humberto Costa (PT) teve como vice o sertanejo do Pajeú, o então deputado Augusto César, indicado pelo PTB de Armando; e Eduardo Campos (PSB) encontrou no PDT o nome de João Lyra representando a região do Agreste na composição da chapa. Por sua vez, Mendonça Filho, então governador, teve que se contentar como companheiro de chapa Evandro Avelar, figura que apesar de ser um grande quadro técnico carregava apenas a simbologia partidária. Naquela eleição Eduardo sagrou-se vitorioso. Na eleição de 2010 Eduardo Campos, embora instigado a substituir João Lyra optou por mantê-lo na chapa e assim o agreste representado. Já o seu opositor, o senador Jarbas Vasconcelos, buscou também no agreste a sua companheira de chapa Mirian Lacerda (DEM), mas isso não foi o suficiente para que recebesse um tremendo revés na disputa. Por sua vez, no ano de 2014, assim como a chapa de Mendonça em 2006, a escolha dos vices fugiu novamente a regra de convergência força partidária/influência geopolítica, mas desta este contexto atingiu as duas principais chapas. Paulo Câmara escolheu Raul Henry, do PMDB, e Armando colocou Paulo Rubem Santiago. Agora, em mais uma eleição estadual a pergunta que fica é: Quais os critérios que os candidatos a governador utilizarão para a escolha do seu vice? Não seria presunção nenhuma de minha parte afirmar que desta vez dificilmente a regra será quebrada pelas duas principais candidaturas. Na Frente Popular o candidato preferencial para vice de Paulo Câmara é o ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), pois ele asseguraria uma maior inserção na Região Metropolitana, além do PT trazer consigo o segundo maior tempo de televisão e ser sigla do maior cabo eleitoral de Pernambuco, o ex-presidente Lula. Na impossibilidade desta composição, nomes como os de Sebastião Oliveira (PR) e Zé Queiroz (PDT) são lembrados, o que poderia contemplar o Pajeú ou Agreste Central na chapa. Já no principal grupo de oposição, em um cenário com Armando na cabeça, o vice preferencial seria Fernando Filho, que representaria o São Francisco e garantiria o empenho de Fernando Bezerra Coelho na campanha. Já se o nome for o de FBC, a preferência de vice recairia em André Ferreira, o que certificaria a entrada do PSC na coligação, o empenho de Anderson Ferreira na eleição e serviria para apresentar ao seguimento evangélico a possibilidade de ter pela primeira vez um representante na vice-governadoria. Quanto a Marília Arraes (PT), a necessidade de tirar a sua candidatura do isolamento pode levar a um entendimento com o PSol, possibilitando a este partido a oportunidade de indicar o nome para ser o seu companheiro de chapa. O  problema é que assim como o PT, o Psol é o tipo de partido em que a cabeça balança para um lado e o rabo para o outro, por esta razão fica difícil eu não só ousar apresentar um nome, mas também acreditar nesta união. Só em sonho – Embora os nomes dos pepistas Eduardo da Fonte e Cleiton Collins sejam lembrados para a vaga de vice-governador na chapa de Paulo Câmara, ambos estão decididos em concentrar esforços na ampliação da bancada do PP na ALEPE e Câmara Federal. A defesa do nome deles não passa de um desejo de deputados do PSB que veem nas chapinhas encabeçadas por Eduardo e Cleiton uma ameaça a seus mandatos. Obstáculo - A indefinição quanto ao futuro do MDB em Pernambuco é hoje o maior empecilho para que o senador Fernando Bezerra viabilize a sua candidatura ao Governo do Estado. A demora em FBC garantir o comando do partido impede a filiação de aliados e pré-candidatos à legenda, fragilizando-o ainda mais na disputa interna que trava com o também senador Armando Monteiro pela indicação daquele que encabeçará o grupo da oposição. Destino – Na lista dos que possuem amplas chances de emplacar um mandato de deputado federal, o deputado estadual Eriberto Medeiros (PTC), apesar da persistência de outras siglas estarem na busca de seu passe, deverá se filiar ao Partido Progressista. O principal motivo é que Eriberto é amicíssimo do presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira, e do deputado federal Eduardo da Fonte. Racha - O deputado estadual Eduíno Brito (PP, imagem) firmou uma parceria com o então secretário de Administração do Estado e pré-candidato a deputado federal Milton Coelho (PSB) para dobrar com ele em Arcoverde, município do sertão do Moxotó. A decisão de Eduíno caracteriza um claro afastamento da prefeita Madalena Britto que votará em João Fernando Coutinho para federal. Timbaúba – A votação esperada pelo deputado estadual Antônio Moraes em Timbaúba deverá ser afetada pela candidatura da vereadora Balazinha ao mesmo posto. Aliado do prefeito Ulisses Felinto (PSDB), Antônio Moraes dobrará no município com Milton Coelho (PSB), enquanto que Balazinha fará dobradinha com o seu irmão, o deputado federal Marinaldo Rosendo (PP). Promissor - Com grande potencial de garantir uma quantidade considerável de votos de legenda devido à filiação de Bolsonaro, o PSL passa a ser visto com outros olhos na disputa proporcional, principalmente para a ALEPE. A grande possibilidade de a deputada estadual Socorro Pimentel sair da sigla para integrar um partido de oposição contribui para que o PSL trabalhe na formação de uma chapinha ou na composição com outros partidos, uma vez que só terá em seus quadros o deputado Beto Accioly. Jogando a toalha? – Detentor de dois mandatos consecutivos, o deputado Pedro Serafim Neto (PDT, imagem) dá mostras de que não deve disputar a reeleição. Além de não está se movimentando como os seus pares na busca por ampliar as bases, recentemente o parlamentar substituiu grande parte de seus assessores operacionais do seu gabinete. Ipojuca - Caso se confirme a desistência de Pedro Neto, o cenário no município de Ipojuca descongestiona e favorece Simone Santana (PSB) e Romero Sales (PTB) que disputarão a preferência do eleitorado ipojucano para deputado estadual. Festa - O município de Jupi, no Agreste Meridional, comemora no dia 11 de março 56 anos de emancipação política. Para celebrar, a prefeitura preparou para o próximo sábado e domingo uma programação repleta de shows. Entre as bandas que irão se apresentar estão Forró dos Parças e Solteirões do Forró. O município é comandado pelo prefeito Marcos Patriota (DEM).

Apesar de todas as atenções se voltarem para os candidatos a governador, há de se lembrar de que neste processo existe um posto que possui um valor significativo para o fortalecimento da chapa. O candidato a vice-governador.

Destinado a desempenhar um papel preponderante que visa dar algumas garantias à chapa, sejam elas voltadas a ampliar a coalização de forças com a incorporação de novos partidos à coligação com vistas a incrementar o tempo de guia eleitoral no rádio e TV, como também na transferência direta de votos quando o titular não é capaz de sozinho de penetrar em certo seguimento do eleitorado ou região, o candidato a vice-governador será sem dúvida uma peça-chave na eleição para o Governo de Pernambuco neste ano.

Com uma regra que quase sempre se repete em campanhas vitoriosas desde a eleição de 1998, os candidatos a governador buscam companheiros de chapa que fechem a equação baseada na convergência força partidária/influência geopolítica. Em 98 foi assim quando Jarbas levou para o seu palanque Mendonça Filho, que por meio do seu pai Mendonção, garantiu a ele a força do então robusto PFL e inserção nos grotões do estado para disputar e vencer de Miguel Arraes, que por sua vez optou por Fernando Bezerra Coelho para ampliar o seu raio de influência no Sertão do São Francisco.

Na eleição de 2006 Humberto Costa (PT) teve como vice o sertanejo do Pajeú, o então deputado Augusto César, indicado pelo PTB de Armando; e Eduardo Campos (PSB) encontrou no PDT o nome de João Lyra representando a região do Agreste na composição da chapa. Por sua vez, Mendonça Filho, então governador, teve que se contentar como companheiro de chapa Evandro Avelar, figura que apesar de ser um grande quadro técnico carregava apenas a simbologia partidária. Naquela eleição Eduardo sagrou-se vitorioso.

Na eleição de 2010 Eduardo Campos, embora instigado a substituir João Lyra optou por mantê-lo na chapa e assim o agreste representado. Já o seu opositor, o senador Jarbas Vasconcelos, buscou também no agreste a sua companheira de chapa Mirian Lacerda (DEM), mas isso não foi o suficiente para que recebesse um tremendo revés na disputa.

Por sua vez, no ano de 2014, assim como a chapa de Mendonça em 2006, a escolha dos vices fugiu novamente a regra de convergência força partidária/influência geopolítica, mas desta este contexto atingiu as duas principais chapas. Paulo Câmara escolheu Raul Henry, do PMDB, e Armando colocou Paulo Rubem Santiago.

Agora, em mais uma eleição estadual a pergunta que fica é: Quais os critérios que os candidatos a governador utilizarão para a escolha do seu vice? Não seria presunção nenhuma de minha parte afirmar que desta vez dificilmente a regra será quebrada pelas duas principais candidaturas.

Na Frente Popular o candidato preferencial para vice de Paulo Câmara é o ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), pois ele asseguraria uma maior inserção na Região Metropolitana, além do PT trazer consigo o segundo maior tempo de televisão e ser sigla do maior cabo eleitoral de Pernambuco, o ex-presidente Lula. Na impossibilidade desta composição, nomes como os de Sebastião Oliveira (PR) e Zé Queiroz (PDT) são lembrados, o que poderia contemplar o Pajeú ou Agreste Central na chapa.

Já no principal grupo de oposição, em um cenário com Armando na cabeça, o vice preferencial seria Fernando Filho, que representaria o São Francisco e garantiria o empenho de Fernando Bezerra Coelho na campanha. Já se o nome for o de FBC, a preferência de vice recairia em André Ferreira, o que certificaria a entrada do PSC na coligação, o empenho de Anderson Ferreira na eleição e serviria para apresentar ao seguimento evangélico a possibilidade de ter pela primeira vez um representante na vice-governadoria.

Quanto a Marília Arraes (PT), a necessidade de tirar a sua candidatura do isolamento pode levar a um entendimento com o PSol, possibilitando a este partido a oportunidade de indicar o nome para ser o seu companheiro de chapa. O  problema é que assim como o PT, o Psol é o tipo de partido em que a cabeça balança para um lado e o rabo para o outro, por esta razão fica difícil eu não só ousar apresentar um nome, mas também acreditar nesta união.

Só em sonho – Embora os nomes dos pepistas Eduardo da Fonte e Cleiton Collins sejam lembrados para a vaga de vice-governador na chapa de Paulo Câmara, ambos estão decididos em concentrar esforços na ampliação da bancada do PP na ALEPE e Câmara Federal. A defesa do nome deles não passa de um desejo de deputados do PSB que veem nas chapinhas encabeçadas por Eduardo e Cleiton uma ameaça a seus mandatos.

Obstáculo – A indefinição quanto ao futuro do MDB em Pernambuco é hoje o maior empecilho para que o senador Fernando Bezerra viabilize a sua candidatura ao Governo do Estado. A demora em FBC garantir o comando do partido impede a filiação de aliados e pré-candidatos à legenda, fragilizando-o ainda mais na disputa interna que trava com o também senador Armando Monteiro pela indicação daquele que encabeçará o grupo da oposição.

Destino – Na lista dos que possuem amplas chances de emplacar um mandato de deputado federal, o deputado estadual Eriberto Medeiros (PTC), apesar da persistência de outras siglas estarem na busca de seu passe, deverá se filiar ao Partido Progressista. O principal motivo é que Eriberto é amicíssimo do presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira, e do deputado federal Eduardo da Fonte.

Racha – O deputado estadual Eduíno Brito (PP, imagem) firmou uma parceria com o então secretário de Administração do Estado e pré-candidato a deputado federal Milton Coelho (PSB) para dobrar com ele em Arcoverde, município do sertão do Moxotó. A decisão de Eduíno caracteriza um claro afastamento da prefeita Madalena Britto que votará em João Fernando Coutinho para federal.

Timbaúba – A votação esperada pelo deputado estadual Antônio Moraes em Timbaúba deverá ser afetada pela candidatura da vereadora Balazinha ao mesmo posto. Aliado do prefeito Ulisses Felinto (PSDB), Antônio Moraes dobrará no município com Milton Coelho (PSB), enquanto que Balazinha fará dobradinha com o seu irmão, o deputado federal Marinaldo Rosendo (PP).

Promissor – Com grande potencial de garantir uma quantidade considerável de votos de legenda devido à filiação de Bolsonaro, o PSL passa a ser visto com outros olhos na disputa proporcional, principalmente para a ALEPE. A grande possibilidade de a deputada estadual Socorro Pimentel sair da sigla para integrar um partido de oposição contribui para que o PSL trabalhe na formação de uma chapinha ou na composição com outros partidos, uma vez que só terá em seus quadros o deputado Beto Accioly.

Jogando a toalha? – Detentor de dois mandatos consecutivos, o deputado Pedro Serafim Neto (PDT, imagem) dá mostras de que não deve disputar a reeleição. Além de não está se movimentando como os seus pares na busca por ampliar as bases, recentemente o parlamentar substituiu grande parte de seus assessores operacionais do seu gabinete.

Ipojuca – Caso se confirme a desistência de Pedro Neto, o cenário no município de Ipojuca descongestiona e favorece Simone Santana (PSB) e Romero Sales (PTB) que disputarão a preferência do eleitorado ipojucano para deputado estadual.

Festa – O município de Jupi, no Agreste Meridional, comemora no dia 11 de março 56 anos de emancipação política. Para celebrar, a prefeitura preparou para o próximo sábado e domingo uma programação repleta de shows. Entre as bandas que irão se apresentar estão Forró dos Parças e Solteirões do Forró. O município é comandado pelo prefeito Marcos Patriota (DEM).

Wellington Ribeiro

Wellington Ribeiro – E-mail: [email protected]

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