Hoje minha cidade amanheceu chorando. Um choro que molhou os quatro cantos, devastou comunidades, destruiu imóveis, colocou em risco e desabrigou dezenas de famílias. De novo a velho, de branco a preto, de rico a pobre. Ela não escolheu à quem e simplesmente não quis chorar sozinha. A força das águas deixou um rastro de tristeza e dor para aqueles que tiveram que presencia-lá subir e não puderam fazer nada, além de abandonar suas casas, ter que buscar um abrigo e lidar com a sensação de impotência e perda. Para os que não foram afetados diretamente, um dever: ajudar o próximo. Hoje pude perceber de perto a força deste povo resistente e guerreiro. Que não se cansa e não desiste. Pude presenciar choro e alegria, tristeza e esperança. Tudo muito próximo. Uma troca de sentimentos mútuos que chegava a encorajar. Vi mãos que preparavam comidas, recebiam e separavam roupas, transportavam bacias com sanduíches e galões de água mineral. Mãos que remavam barcos, manobravam carros e eram estendidas aos que mais precisavam. Vi mãos funcionarem com seu real sentido. O caos se instalou em Rio Formoso e desencorajou centenas de famílias, mas o amor pela nossa terra e a fé continuam os mesmos. Vagner Reis (28/05/2017)
Hoje minha cidade amanheceu chorando. Um choro que molhou os quatro cantos, devastou comunidades, destruiu imóveis, colocou em risco e desabrigou dezenas de famílias.
De novo a velho, de branco a preto, de rico a pobre. Ela não escolheu à quem e simplesmente não quis chorar sozinha.
A força das águas deixou um rastro de tristeza e dor para aqueles que tiveram que presencia-lá subir e não puderam fazer nada, além de abandonar suas casas, ter que buscar um abrigo e lidar com a sensação de impotência e perda.
Para os que não foram afetados diretamente, um dever: ajudar o próximo.
Hoje pude perceber de perto a força deste povo resistente e guerreiro. Que não se cansa e não desiste. Pude presenciar choro e alegria, tristeza e esperança. Tudo muito próximo. Uma troca de sentimentos mútuos que chegava a encorajar.
Vi mãos que preparavam comidas, recebiam e separavam roupas, transportavam bacias com sanduíches e galões de água mineral. Mãos que remavam barcos, manobravam carros e eram estendidas aos que mais precisavam. Vi mãos funcionarem com seu real sentido.
O caos se instalou em Rio Formoso e desencorajou centenas de famílias, mas o amor pela nossa terra e a fé continuam os mesmos.
Vagner Reis (28/05/2017)
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