Crédito da foto: Wesley D’Almeida
Em entrevista ao Blog Ponto de Vista, Sileno Guedes, deputado e presidente estadual do PSB em Pernambuco, classificou seu partido como uma boa opção tanto para eleitores de esquerda, quanto de centro. A preparação para o ano eleitoral, segundo Sileno, passa por um fortalecimento e escuta das bases do PSB para encontrar as pessoas que melhor representem o legado do partido.
“Tenho andado o estado organizando nossa base para que a gente possa justamente se apresentar no ano que vem cheio de ideias, cheios de propostas e resultados que nós já apresentamos à população de Pernambuco”, disse o presidente estadual do partido.
Questionado sobre quais são os planos e metas do PSB, Sileno afirma que o PSB não busca hegemonia nem está “contando prefeitos”, mas deseja apresentar nomes para os partidos da frente partidária da qual faz parte.
“Temos, hoje, 50 prefeitos com mandato. Desses 50, cerca de 30 devem ir à reeleição e o restante será sucessão. Isso também depende muito da conjuntura local de cada município. O PSB gosta muito de ganhar a eleição, mas fica feliz também quando as forças aliadas ganham. O PSB tem uma tradição de trabalhar com frentes. São diversos partidos que compõem a nossa frente, e a gente vai buscar, dentro dessas frentes, apresentar os nomes. Não tem problema se esse nome não for do PSB, o importante é ter nome dentro do projeto”, disse o deputado.
A questão das alianças e apoios com que o partido vai poder contar ou não no próximo ano é um tema de grande interesse em todo o mundo político no momento, devido à postura de oposição ao governo Raquel Lyra assumida pelo PSB, e pelo recente descolamento do PSD, que deixou a aliança com o partido para se juntar à base da governadora.
Nesse sentido, Sileno alega que as decisões sobre o arco de alianças permitidas e sobre partidos com os quais a união não será permitida aos membros do PSB partem da Executiva Nacional, que só se reunirá no próximo ano.
Contudo, ele destaca que “o PSB é oposição, sim, ao PSDB em PE. Há muitos anos, inclusive”, e diz acreditar que “mesmo numa conjuntura local, o PSB não vai buscar aliança com os partidos que compõem a base, pelo menos o PSDB, que é o principal partido a partir da governadora”.
No que diz respeito ao PSD, Sileno afirma que não há, a princípio, restrição nenhuma a alianças com a sigla, mas alega que provavelmente a recíproca não é verdadeira, visto que o PSD do ministro André de Paula foi quem decidiu encerrar a aliança que tinha com o PSB.
